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Promessas do judô treinam forte de olho na Paralimpíada

Thiego Marques e Luan Pimentel estão confirmados no Torneio Internacional de Judô de Indiana, nos EUA, que soma de pontos para o ranking mundial

Alexandre Urch/CPB/MPIX

A seleção brasileira de judô paralímpico está treinando em São Paulo desde domingo (26) de maio e ficam por lá até sábado (2). Além de nomes experientes, a equipe conta com jovens apostas, que visam à classificação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Entre eles, Thiego Marques e Luan Pimentel.

Paraense de 19 anos, Thiego Marques encontrou no judô paralímpico uma forma de socialização. Como grande parte das crianças que possuem alguma deficiência, a escola não foi um período fácil para o atleta. Ele relata que sofria um bullying constante de seus colegas e tinha dificuldades para fazer amigos, em decorrência da sua baixa visão.

Aos 12 anos, conheceu o esporte e, a partir dali, começou a cultivar mais amizades e perder sua timidez. Aos 13, participou das primeiras competições e em seguida foi chamado para integrar a seleção brasileira. De lá para cá, decidiu mudar para São Paulo e conquistou o ouro no Parapan-Americano de Jovens de 2017 e uma prata no Campeonato das Américas do Canadá, em 2018.

“O meu período mais difícil foi dos 8 aos 12 anos, porque eu estava descobrindo o albinismo. Ele foi o motivo da minha deficiência visual. Tinha dificuldades na escola e isso fez eu me excluir. Aos 12 anos, quando conheci o judô, consegui me incluir com os judocas, deficientes ou não, o que mudou minha vida”, conta Thiego Marques.

Luan Pimentel

Luan Pimentel, também de 19 anos e nascido no Mato Grosso do Sul, começou sua trajetória paralímpica de outra forma. Seu primeiro contato com o esporte veio por meio do jiu-jitsu, aos 15 anos. Ele nasceu com baixa visão em decorrência de albinismo.

No ano seguinte, passou a treinar judô paralímpico e, a exemplo de Thiego, mudou-se para São Paulo, onde subiria ao lugar mais alto do pódio no Parapan-Americano de Jovens, e seguiria até faturar o ouro no Campeonato das Américas de 2018.

“O que mais marcou foram minhas lutas, desde que comecei no jiu-jitsu com 15 anos, já treinando como atleta e logo depois fui competir com o judô paralímpico. Eu viajava para Campo Grande para treinar, toda semana e depois decidi me mudar para treinar e estudar. Quando vim para a Seleção de jovens e de Adultos, decidi ficar até hoje”, contou Luan Pimentel.

Ambos estão confirmados no próximo compromisso da seleção, em Indiana, nos Estados Unidos, onde ocorrerá a disputa do Torneio Internacional de Judô, de 30 de junho a 7 de julho. Esse evento é importante para a soma de pontos para o ranking mundial na busca pela classificação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2020.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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