Quinta colocada no Mundial de judô do último ano, a revelação brasileira Jéssica Pereira teve um resultado analítico adverso para furosemida, um diurético, em teste realizado em setembro, fora de competição. Assim, a carioca está voluntariamente suspensa. Segundo o Estadão, a Confederação Brasileira de Judô disse estar ciente e acompanhando os processos legais referentes à suspensão preventiva da atleta.
Ainda de acordo com a reportagem, Marcelo Franklin é o advogado do caso. Ele acredita que conseguirá demonstrar a ausência de culpa da atleta e o uso não intencional. “Nunca se sabe o resultado de um julgamento, mas encaro o caso dela com um certo otimismo quanto ao resultado final”, explicou, em entrevista ao Estadão.
“Eu não costumo comentar questões específicas sobre casos em andamento, até porque todo o procedimento corre em segredo de Justiça. O que posso adiantar é se tratar de uma atleta de conduta totalmente exemplar, que a substância encontrada é classificada apenas como especificada (menor probabilidade de uso relacionado com performance esportiva), que em respeito ao Tribunal a atleta se colocou em suspensão voluntária até o julgamento e que existem circunstâncias bastante atenuantes para o caso dela”, explicou o advogado.
Suspensa, Jéssica está fora do treinamento da Seleção, que acontece em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, Interior paulista. Caso seja decido oficialmente uma suspensão, ela passa a contar desde a data em que ela voluntariamente se afastou. Agora, a judoca aguarda seu julgamento, que pode demorar entre dois meses e um ano. Mas torce para ter uma decisão rápida visando a classificação para Tóquio 2020.