De 26 Federações representadas no Campeonato Brasileiro Sênior, 17 estiveram no pódio no primeiro dia de disputas, em que foram definidas as categorias superligeiro, ligeiro, meio-leve, leve, meio-médio e médio. Rio Grande do Sul com dois ouros, uma prata e um bronze no masculino e São Paulo com três ouros e um bronze no feminino saíram na frente. E, marcando o início de um novo ciclo olímpico, jovens promessas ajudaram a garantir tanto a vantagem dos gaúchos quanto a das paulistas. Um grande exemplo disso foi a categoria meio-médio, onde Rafael Macedo, de 22 anos, representando o RS, e Jéssica Santos, de 23, representando São Paulo, ficaram com o título. Ambos já estavam na zona de investimento da seleção principal e agora buscam um espaço maior.
“Acho que eu consegui manter um equilíbrio muito grande porque nas primeiras lutas eu tive um pouco de dificuldade mas mesmo saindo perdendo, não me desesperei, consegui respirar, mantive a calma e virei os placares. É uma conquista muito grande para mim porque meu sonho é chegar em Tóquio 2020 e esse foi um passo nesse caminho”, disse Jéssica.
Mas também houve espaço para que nomes conhecidos do judô nacional chegassem ao alto do pódio. Entre os que confirmaram o favoritismo, Eleudis Valentim (52kg/SP), Tamires Crude Silva (57kg/RJ), Marcelo Contini (73kg/SP) e Diego Santos (66kg/RS), todos atletas com passagem pela seleção brasileira recentemente e com a bagagem de ao menos um ciclo olímpico no sênior. O baiano que defende o Rio Grande do Sul teve o apoio da família na arquibancada, inclusive de sua filha Maria Laura de três meses, para conquistar seu pentacampeonato brasileiro no sênior.
“A diferença desse para os outros quatro título foi que eu consegui me sentir mais maduro. Eu sempre lutei no ligeiro e no final do ciclo olímpico passado tive que subir de categoria. Mesmo tendo feito poucas competições no novo peso, me senti muito tranquilo e motivado porque estava em casa, com o apoio da minha família. Tenho muito orgulho de defender o Rio Grande do Sul, um Estado que me acolheu, mas poder fazer isso no Estado que nasci, é maravilhoso”, disse Diego Santos.
No total de medalhas, São Paulo e Rio Grande do Sul com sete seguem na frente. Mas são seguidos de perto por Minas Gerais com seis e por Rio de Janeiro e Amazonas com cinco. Entre as cinco medalhas dos amazonenses está o ouro de Carolynne Hernandes (48kg). O Maranhão com Ítalo Carvalho (60kg) e o Mato Grosso do Sul com Hernandes Santos (55kg) também chegaram ao lugar mais alto do pódio.
Para as disputas de domingo, estão entre os nomes mais cotados para o pódio Renan Nunes (100kg/RS), Samanta Soares (78kg/SP), João Marcos Cesarino (+100kg/RS), Camila Nogueira (+78kg/MS) e Richele Jordão (+78kg/RS). As disputas começam às nove da manhã no Centro de Treinamento da CBJ, em Lauro de Freitas, na Bahia.