Dezessete atletas da seleção brasileira de judô começaram a primeira semana cheia do ano na Áustria. Isso porque participam do treinamento de campo internacional na cidade de Mittersill, entre 7 e 14 de janeiro.
Estão lá seis mulheres – Nathália Brígida (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Tamires Crude (57kg), Aléxia Castilhos (63kg), Ellen Santana (70kg), Bruna Silva (70kg) – e onze homens. Felipe Kitadai (60kg), Alex Pombo (73kg), David Lima (73kg), Lincoln Neves (73kg), Jeferson Santos Júnior (73kg), Eduardo Barbosa (73kg), Guilherme Schimidt (81kg), Rafael Macedo (90kg), Eduardo Bettoni (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg).
O período na Áustria é parte do calendário internacional de treinamentos, portanto leva muitos atletas europeus. Já visam Tóquio 2020. No ano passado foram cerca de mil participantes, sendo dez da seleção brasileira de judô.
Nos primeiros sete dias são realizados treinamentos por gênero em dois períodos, de manhã e à tarde, com 1h15 ou 1h45 de randori. Há também 30 minutos prévios para aquecimento e uchi-komi. Por fim, nos últimos dois dias são sessões mistas de 1h45 de randori, de manhã e à tarde.
Kitadai e Sarah
Felipe Kitadai, medalhista olímpico em 2012, teve compromissos antes dos treinos principais começarem. Comandou treinos técnicos em clubes locais daquele país, especialmente sobre ne-waza. Kitadai precisou das seletivas da Bahia para se manter na seleção brasileira de judô este ano.
Outra medalhista olímpica que precisou das seletivas para se manter na seleção foi Sarah Menezes. Ela também treinou na Europa, mas não com a seleção na Áustria, e sim na França.
Seleção brasileira de judô rumo a Tóquio 2020
Além do treino na Áustria, a seleção brasileira de judô fará também outros dois treinamentos em janeiro. De 15 a 30 de janeiro o time masculino vai ao Japão. E de 23 de janeiro a 1º de fevereiro o feminino treina no interior de São Paulo.
Os treinamentos visam o circuito internacional, base do ranking mundial da FIJ, um dos caminhos para Tóquio 2020. Além disso, o desempenho dos atletas entra na avaliação técnica para efeitos de convocações dos times que estarão nos Jogos.
A primeira competição de 2019 no circuito da FIJ é o Grand Prix de Tel Aviv. Vale 700 pontos no ranking para o campeão. Em fevereiro aparecem dois Grand Slams seguidos, em Paris e também em Dusseldorf. O Grand Slam dá mil pontos para o campeão. Além disso, mais 700 para o vice e outros 500 para cada bronze. Confira o calendário oficial da CBJ em 2019.
No ano são seis Grand Slams e dez Grand Prix para a seleção brasileira de judô. Além disso, há no calendário os mundiais adulto e júnior, e o Masters. O Mundial adulto e o Masters são os que mais valem para o ranking, portanto podem ser determinantes na luta por uma vaga em Tóquio 2020.
Só os 18 melhores ranqueados têm vaga em Tóquio 2020 por esse critério. Se mais de um atleta brasileiro estiver entre os 18, a decisão fica a cargo da CBJ. Um dos critérios que a confederação leva em conta para decidir é o desempenho nos campos de treinamento como o da Áustria.