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Judô

Prata e dois bronzes no segundo dia do Masters de judô da China

Rafael Silva (foto) fica em segundo e David Moura é terceiro nos pesados entre os homens, já Maria Suellen acaba na terceira posição entre as mulheres

Foto: Reprodução

O brasileiro Rafael Silva (+100kg) conquistou a medalha de prata no Masters de judô da China. Ele disputou a final, neste domingo 16, contra o atual campeão do mundo, líder do ranking e agora bicampeão do torneio, o georgiano Guram Tushishvili.

Pouco antes, Maria Suelen Altheman (+78kg) e David Moura (+100kg) conquistaram o bronze. Ela venceu a sul-coreana Minjeong Kim (assista abaixo), que a havia batido no Rio 2016, por imobilização. Moura também venceu por imobilização (foto abaixo) e com gostinho de revanche, pois Bekmurod Oltiboev, do Uzbequistão, foi seu algoz do Mundial deste ano.

Na cabeça dos três, só Tóquio 2020. “Estou feliz de ter conquistado esse resultado e vou me preparar muito para o ano que vem, que tem Mundial e é decisivo para quem quiser conquistar uma vaga olímpica”, disse Rafael Silva, logo após receber sua medalha.

Maria Suelen e David Moura foram na mesma linha. “Essa conquista é muito importante para o ranking mundial que classifica para os Jogos Olímpicos”, falou Maria Suelen. “Acabei de conquistar pontos importantes na corrida olímpica. E finalizar um ano em cima do pódio é sensacional”, disse Moura.

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O Masters da China, reservado aos 16 melhores do ranking internacional, é o segundo torneio que mais soma pontos no ranking internacional no ano, só perdendo para o Mundial.

Maria Portela (70kg), Eduardo Yudy (81kg) e Beatriz Souza (+78kg) ficaram nas classificatórias do segundo e último dia de competição. No primeiro dia (48kg, 60kg, 52kg, 66kg, 57kg, 73kg e 63k), sábado 15, três brasileiros disputaram bronze. São eles: Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg) e Rafaela Silva (57kg). Phelipe Pelim (60kg) e Charles Chibana (66kg) também lutaram.

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Rotas para as medalhas

O caminho de Rafael Silva para a final começou contra o campeão de Osaka, o holandês Henk Grol, também algoz do brasileiro na semifinal de Ekaterinburg. Rafael, entretanto, venceu por waza-ari a cinco segundos do fim. Depois passou pelo vice-campeão europeu, o russo Tamerlan Bashaev, também por waza-ari. Bashaev havia eliminado o atual campeão olímpico e europeu da categoria, o checo Lukas Krpalek. A semi foi por ippon, pois imobilizou o uzbeque Bekmurod Oltiboev.

David Moura enfrentou Roy Meyer, outro holandês, e o venceu pela quinta vez em cinco lutas. Entretanto, parou no japonês Kokoro Kageura, campeão do Grand Slam de Paris este ano. Por fim, na repescagem derrotou o jovem austríaco Stephan Hegyi.

David Moura imobiliza Oltiboev para ganhar o bronze (Imagem: Reprodução)

Em seu caminho até a medalha, Maria Suelen chegou até a semifinal, entretanto parou novamente em Idalys Ortis. Já são quinze lutas e quinze vitórias da cubana no confronto direto. Ortis, diga-se de passagem, foi campeã Olímpica em Londres 2012, prata no Rio 2016, chegou a três finais de Mundiais e ganhou duas. Tem mais quatro bronzes em Mundiais e, além disso, já foi ao pódio de Masters em três oportunidades.

Na estreia Maria Suelen venceu a turca Kayra Sayit, que ganhou o bronze no Mundial deste ano justamente batendo a brasileira. Depois passou por Iryna Kindzerska, do Azerbaijão.

Brasileiros rumo a Tóquio 2020

Para chegar nas Olimpíadas são dois caminhos. Ou estar entre os 18 melhores do mundo, ou elegível pelas cotas continentais. Se mais de dois atletas estiverem entre os 18, a decisão de quem fica com a vaga é da comissão técnica. Isso porque no judô cada país tem apenas uma vaga por categoria.

O Masters da China dá 1.800 pontos para o campeão, além de 1.260 para o vice e 900 para os terceiros. Tem também 648 para os quintos colocados e outros 468 para os sétimos. A participação vale 200 no ranking internacional de judô. Mais ponto que isso esse ano só no Mundial.

Dá também US$ 9 mil para o campeão, outros US$ 6 mil para a prata e mais US$ 3 mil aos bronzes. O técnico fica com 20%.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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