É difícil selecionar destaques em um campeonato cuja natureza é reunir os atuais melhores atletas do mundo em uma modalidade, como o Masters da China de judô. Tem de ter um feito acima de outros feitos já extraordinários.
Clarisse Agbegnenou (63kg) está nesse grupo e um “detalhe” de sua carreira já justificaria: desde 2013 a francesa chegou em todas as cinco finais Mundiais disputadas, vencendo três. Em 2016 não houve Mundial por conta das Olimpíadas do Rio, onde Agbegnenou também chegou a decisão, ficando com a prata.
Este ano ela ganhou o Mundial de Baku vencendo as lutas por ippon. Antes, já havia levado o Europeu de Tel Aviv batendo três das quatro rivais pelo golpe perfeito. Ainda em 2018 disputou outros dois torneios de judô, vencendo ambos: Paris e Tbilisi.
No Mundial de 2017 foi campeã batendo Tina Trstenjak, que a havia derrotado no Rio 2016. O outro ouro em Mundial foi em 2014, na Rússia. As duas pratas são no Rio 2013 e em Astana 2015.
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=rRO3jL1ViHY[/embedyt]Seu currículo no judô é tão grande que deixa em segundo plano seis Grand Slams e dois outros Europeus. No total, tem registradas 21 medalhas de ouro, oito de prata e mais cinco de bronze.
Líder e rivais – Agbegnenou chega ao Masters da China, marcado para os dias 15 e 16 de dezembro, como líder do ranking e tem Trstenjak, a segunda, como grande rival. É a única que a vence no confronto direto, quatro a três.
Olho também nas japonesas Miku Tashiro e Nami Nabekura. Tashiro é a quarta do mundo e enfrentou Agbegnenou este ano em duas finais, Baku (veja a luta acima) e Paris, perdendo as duas. Porém, venceu na semi do Masters do ano passado. Nabekura é a terceira melhor do ranking mundial de judô.
O Brasil não tem atleta nesta categoria classificada para o Masters da China de judô.