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Judô

Mayra fora, e Brasil luta com 12 no Masters da China

Judoca brasileira não vai ao Masters da China por lesão. Torneio é o segundo do ano que mais dá ponto para o ranking

Mayra Aguiar é desfalque de última hora na seleção brasileira de judô que vai ao World Masters da China. Ela está com lesão no joelho e pulso.O Masters é reservado aos 16 melhores ranqueados em cada categoria, o que credencia 14 brasileiros, mas como Mayra e Erika Miranda, que se aposentou em outubro, não vão, o país terá 12 competidores.

O torneio será em Guagzhou, na China, dias 15 e 16 de dezembro, e fecha o circuito da federação internacional. É também o que mais distribui pontos para o ranking no ano, fora o Mundial, tendo portanto peso considerável na luta por uma vaga em Tóquio 2020. São 1800 pontos para o campeão, 1260 para o vice, mais 900 para os terceiros lugares. Quem ficar em quinto soma 648; em sétimo, 468, e a participação vale 200.

O Brasil vai com Eric Takabatake (60kg), Phelip Pelim (60kg), Jéssica Pereira (52kg), Daniel Cargnin (66kg), Charles Chibana (66kg), Rafaela Silva (57kg), Maria Portela (70kg), Eduardo Yudy (81kg), Maria Suelen Altheman (+78kg), Beatriz Souza (+78kg), David Moura (+100kg) e Rafael Silva (+100kg).

Seleção de judô treina no Japão antes de ir para o Masters da China (foto: CBJ)

Nosso atleta mais bem ranqueado no Masters é Maria Portela, a terceira em sua categoria e campeã no ano passado. Depois vem David Moura, em quatro. Na sequência, entre os dez, temos Maria Suelen (6º), Jéssica (8º), Beatriz Souza (9º), Takabatake (9º) e Rafael Silva (10º).

Rafaela Silva, atual campeã olímpica, está na 11ª posição em sua categoria no judô. Cargnin e Yudi estão em 12º, e Chibana é o 16º. Pelim está em 17º e vai por conta de uma desistência. Erika Miranda, que se aposentou, ainda está na quarta posição.

Nata do Judô

As equipes podem ser alteradas até o credenciamento, dia 13 de dezembro. No dia seguinte saem as chaves e as lutas acontecem no dia 15, com as categorias mais leves (48kg, 60kg, 52kg, 66kg, 57kg, 73kg e 63kg), e 16 com o restante (81kg, 70kg, 90kg, 78kg, 100kg, +78kg, +100kg). As lutas começam à meia-noite, horário de Brasília (de sexta para sábado e de sábado para domingo), com as classificatórias. As finais são às 7h da manhã de sábado e domingo.

Até agora os japoneses, como era de se esperar, aparecem com maior número de representantes registrados no Masters da China, ao lado dos russos. Isso sem usar seus atletas mais bem ranqueados. Entre os homens só vai um dos três líderes de suas listas, Soichi Hashimoto (73kg). Hifumi Abe (66kg) dará lugar a Joshihiro Maruyama, seu algoz na final do Grand Slam de Osaka, torneio anterior disputado no final de novembro. Ryuju Nagayama (60kg) ainda não tem substituto registrado.

Dentre as mulheres cinco das sete categorias são das japonesas, porém apenas Tsukasa Yoshida (57kg) estará na China. Funa Tonaki (48kg), Uta Abe (52kg) e Sarah Asahina (+78kg) terão vagas preenchidas por nomes sem tanta expressão no judô.

Rafaela, campeã Olímpica, treina no Japão para o Masters com a japonesa campeã Mundial Yoshida (foto: CBJ)

Nem por isso o time feminino está fraco no Masters da China. Além de Yoshida, estarão Miku Tashiro (63kg), quarta do mundo, campeã do torneio em 2017, vice mundial este ano e bronze em Osaka; e Name Nabekura, terceira do ranking da mesma categoria e prata em Osaka. Tem mais dois destaques, ambos na até 78kg. A atual campeã Mundial, Shori Hamada, e a segunda do mundo, Ruika Sato, que venceu os quatro torneios de judô que disputou esse ano, o último em Osaka.

Takeshi Sasaki (81kg) é o 13º, mas vem de título em Osaka, assim como Aaron Wolf (100kg), campeão Mundial 2017. Nos pesados Kokoro Kageura disputou três torneios esse ano e ganhou Paris, Budapeste e bronze em Osaka. Já Kenta Nagasawa (90kg), o sexto do mundo, foi bronze no Mundial em setembro.

Rússia, China, Mongólia e França

Os russos aparecem com 19, sem ninguém no topo. A melhor classificada é Natalia Kuziutina (52kg), terceira. Robert Mshvidobadze (60kg) e Khasan Khalmurzaev (81kg) estão em quatro, e tem mais três em quinto lugar.

Os anfitriões têm duas vagas por categoria, por isso aparecem com 14 atletas mesmo sem ninguém entre os dezesseis. Os mais bem ranqueados são Zhenzhao Ma (78kg), 18º, e Yan Wang (+78kg), 19ª.

Entre os 13 mongóis no Masters da China destaque para Duurenbayar Ulziibayar (+100kg), medalha de bronze no Mundial deste ano e atual terceiro do ranking, e Ganbat Boldbaatar (60kg), campeão Mundial em 2014. As mulheres têm duas em segundo do mundo no judô: Sumiya Dorjsuren (57kg), também medalha de bronze no Mundial deste ano, e Urantsetseg Munkhbat (48kg), que vem de vitória em Abu Dhabi e final em Osaka.

A França aparece com 11, mas teria 12 se Teddy Riner, maior nome do judô, tivesse no circuito. Como seu último torneio de judô foi em novembro de 2017, aparece lá atrás no ranking.

Agbegnenou é o destaque da França em Guagzhou (Foto: Sabau Gabriela / IJF)

O maior destaque francês então é Clarisse Agbegnenou (63kg), atual campeã Mundial, Europeia, do Grand Slam de Paris e do Grand Prix de Tblisi, os quatro torneios que disputou no ano. Marie Gahie (70kg) é atual vice-campeã Mundial, e Amandine Buchard (52kg), bronze em Baku e Osaka. Ambas são segundas dos seus rankings.

Nove atletas do time francês são mulheres. Entre os dois homens, Axel Clerget (90kg) saiu do Mundial com bronze.

Destaques Individuais

A Ucrânia aparece com seis representantes, dentre eles o fenômeno Daria Bilolid (48kg). Desde fevereiro de 2015, quando começam seus registros a FIJ, foram 98 lutas e somente quatro derrotas. Não perde uma desde o Mundial de agosto do ano passado. Detalhe, tem apenas 18, a mais nova campeã Mundial adulta (assista abaixo a final contra Funa Tonaki) e a primeira a fechar a tríplice coroa do judô, sendo também detentora dos mundiais Cadete de 2015 e Júnior de 2018.

Os sul-coreanos estão com Changrim An (73kg) e Guham Cho (100kg), atuais campeões Mundiais de judô. Assim como o iraniano Saeid Mollaei (81kg) e o georgiano Guram Tushishvili (+100kg), também líderes nas categorias. Os georgianos têm mais um líder de ranking, Liparteliani (100kg), dois segundos e um terceiro.

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A Argentina terá Paula Pareto (48kg), atual campeã olímpica e medalhista de bronze no Mundial de Baku. Já ganhou um Mundial, em 2015, e chegou à final em 2014. Outro destaque no Masters da China é Nikoloz Sherazadishvili, campeão Mundial este ano, o primeiro da história d0 judô na Espanha. O nome entrega que ele é nascido na Geórgia.

Entre os cubanos, Idalys Ortis (+78kg), segunda do mundo, disputou cinco torneios em 2018, ganhou quatro e ficou com a prata no Mundial. Mesmo resultado de Ivan Felipe Morales (90kg) em Baku. Outra finalista do Mundial que estará no Masters da China de judô é a holandesa Guusje Steenhuis, líder até 78kg. Seus compatriotas Frank de Wit (81kg) e Michael Korrel (100kg) são segundos colocados em suas categorias.

O Azerbaijão terá no Masters da China os atuais vice-campeão Olímpico, Elmar Gasimov (100kg), vice-campeão mundial, Ushangi Kokauri, além do medalhista de bronze em Baku Hidayat Heydarov (73kg). Christa Deguchi (57kg), também bronze no Mundial, e Jessica Klimklait (57kg), campeã em Osaka, São os destaques do judô canadense.

Lembrando que os times podem ser alterados até o dia do credenciamento, marcado para 13 de dezembro. Além das medalhas, distribui US$ 9 mil para o campeão, US$ 6 mil para o vice e US$ 3 mil para cada bronze. O técnico tem direito a 20% do valor.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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