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Judô

Brasil volta ao circuito internacional com peito estufado

Seleção disputa Grand Prix de Haia, na Holanda, após fazer o melhor Mundial Militar de sua história. Time leva boas promessas e atletas em busca de afirmação e recuperação

Cargnin (de branco) é uma das promessas brasileiras para os próximos anos (foto: Mayorova Marina / FIJ)

O Brasil retorna aos tatames do circuito internacional de judô no Grand Prix de Haia, Holanda, entre sexta 16 e domingo 18 após ficar de fora das duas últimas competições organizadas pela Federação Internacional de Judô. No período de ausência, a seleção disputou o Mundial Militar, no Rio, alcançando a melhor campanha de sua história no torneio.

Da seleção que vai à Holanda disputaram a competição no Rio, Daniel Cargnin (66kg), Charles Chibana (66kg), Rafael Macedo (90kg), Eduardo Bettoni (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Yanka Pascoalino (63kg), Ellen Santana (70kg) e Samanta Soares (78kg). Chibana, Macedo e Samanta venceram suas categorias, e Leonardo e Bettoni ficaram com o bronze. O Brasil venceu também os torneios por equipes masculino e feminino no Mundial Militar.

Completam o time no Grand Prix Phelipe Pelim (60kg), Felipe Kitadai (60kg), Eduardo Barbosa (73kg), David Lima (73kg), Rafael Buzacarini (100kg), além de Sarah Menezes (48kg), Nathália Brígida (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Eleudis Valentim (52kg), Ketleyn Quadros (63kg) e Maria Portela (70kg).

Destaques de fora

Os maiores destaques do Brasil hoje no circuito mundial não vão a Haia. Mayra Aguiar, Rafaela Silva, Rafael Silva e Jéssica Pereira devem voltar no Grand Slam de Osaka, na semana seguinte. David Moura e Maria Suellen Altheman também não estarão na Holanda, bem como Erika Miranda, que anunciou a aposentadoria há poucos dias. Sendo assim, abrem espaço para os mais jovens e para quem busca recuperação.

Cargnin talvez seja o mais promissor dos novatos, apesar de não ter levado medalha no Rio. Campeão mundial júnior no ano passado, começou a disputar o circuito adulto de fato este ano e no mundial de Baku, em setembro, venceu suas três primeiras lutas por ippon, sendo derrotado apenas para atletas já consolidados como o israelense Tal Flicker e o sul-coreano Baul An. E mesmo assim deu bastante trabalho a ambos.

Samanta Soares também está há pouco tempo na seleção principal e vem ganhando consistência, pois disputou cinco torneios neste ano. A partir do terceiro ganhou três medalhas de bronze. Larissa Pimenta vai a seu primeiro campeonato adulto este ano, e Ellen Santana, Yanka Pascoalino David Lima e Leonardo Gonçalves são outros ainda com pouca rodagem entre os adultos.

Na turma mais experiente, Chibana, Buzacarini e Macedo vinham sem resultados de expressão até o GP de Cancun, último que o Brasil participou, quando ficaram com o bronze. Sarah é o inverso. Começou o ano com dois bronzes em três torneios, mas nos três seguintes ficou sem medalha.

Kitadai conseguiu sua primeira vitória no ano no Caribe, terceiro torneio que disputou em 2018. Pelim foi melhor no primeiro semestre, quando chegou a duas disputas de bronze. Já Bettoni não passou das classificatórias nos três campeonatos que disputou.

Ketleyn Quadros começou o ano melhor, disputou dois bronzes, mas depois foram três lutas em dois campeonatos com apenas uma vitória. Portela venceu o Grand Slam de Ekaterinburg, em março, brigou por medalha em Hohhot logo a seguir, porém depois foram cinco lutas e quatro derrotas.

Nathália Brígida vai a seu segundo torneio em 2018 após passar o ano passado inteiro afastada, e Eleudis Valentim disputou, este ano, somente dois campeonatos em fevereiro.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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