No dia 28 de outubro de 1860, em Mikage, Japão, nascia Jigoro Kano, terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, um oficial da marinha daquele país. Na adolescência, cansado de sair derrotado em brigas com colgas de escola, resolveu praticar o jujutsu para compensar seu físico franzino com 1m50 de altura e cerca de 50 quilos. Com o tempo entendeu que precisava reformar a prática para que ela passasse a ter princípios mais amplos, englobando humanidade e respeito, além das técnicas de luta.
Assim, as aplicações do Judô passaram a ser levadas a vários tipos e circunstâncias como educação física, intelectual e moral, um método de vida diário. Kano chegou a integrar o Ministério da Educação japonês.
O mestre, ou Shihan, considerava como proposta do Judô fortalecer o corpo, completar a personalidade treinando a mente e se dedicar à sociedade. Dentre os princípios que disseminava está o Jita-Kyoei que, em poucas palavras, refere-se à troca entre os judocas onde cada um, buscando desenvolver-se, colabora para o desenvolvimento da coletividade. Meu Sensei Edu Kanayama me explicou que na prática do Judô não tratamos os oponentes como inimigos, mas como alguém que nos fará evoluir.
A esse simples blogueiro, é esse respeito que faz o judô tão diferente, tão especial.
Amizade – Respeito, aliás, foi o primeiro tema definido pela Federação Internacional de Judô, em 2011, para ilustrar o Dia Mundial do Judô. Agora em 2018 foi Amizade, escolha foi feita em votação aberta organizada pela própria FIJ. A ideia é incentivar um amigo que não pratica Judô a ter contato com a arte marcial e seus valores.
Hoje somos mais de 40 milhões de praticantes em todos os cantos do planeta. A Federação Internacional de Judô reúne atualmente 200 nações filiadas, mais do que a ONU, que abriga 193.