Michel Macedo lutou contra dores no joelho esquerdo durante toda a competição. Dos 106 participantes, apenas 43 completaram o Slalom Especial.
Michel Macedo não conseguiu superar a falta de ritmo devido a uma contusão no joelho e as condições adversas da pista de Yongpyong nos Jogos Olímpicos de Inverno. O atleta mais jovem da delegação brasileira se despediu de PyeongChang 18 ao não completar a primeira descida do Slalom Especial, nesta quarta-feira (21). O vencedor da prova foi o sueco André Myherer, seguido do suíço Ramon Zenhaeusern, em segundo, e do austríaco Michael Matt, em terceiro.
A pista de Yongpyong mais uma vez fez várias vítimas, agora na prova mais técnica do esqui alpino. O gelo puro da pista, como Michel já havia adiantado durante os treinos da semana, levou vários atletas ao chão. Dos 106 participantes, apenas 43 conseguiram completar as duas descidas, 40,5% do total. Nem os favoritos ao ouro, o austríaco Marcel Hischer e o norueguês Henrik Kristoffersen, conseguiram completar a prova. Michel não caiu, mas perdeu uma passagem obrigatória no terço final da primeira descida.
“Eu estava preparado, me sentindo muito bem e confiante. Os últimos dias de treino foram muito bons, meu joelho melhorou, consegui fazer boas descidas no treino. Estava mandando ver, achei que estava esquiando bem. Tentei acelerar um pouco no final para fazer um bom tempo, mas acabei perdendo uma porta”, afirmou o brasileiro, de 19 anos.
A jovem promessa do esqui alpino brasileiro lutou durante todos os Jogos contra dores no joelho esquerdo causada uma por queda em treinamento no dia 6 de fevereiro. A contusão o fez desistir das provas de Combinado e do Super G dos Jogos. A primeira prova do brasileiro foi o Slalom Gigante, quando também não completou a primeira descida por perder uma porta.
“Eu aprendi muito aqui, mas infelizmente não foi como eu queria. Tive que superar muita coisa para competir. Cai no meu terceiro dia em PyeongChang e machuquei o joelho. Tive que lutar contra isso o tempo todo”, disse o atleta, Top 15 no Super G nos Jogos Olímpicos da Juventude Lillehammer 2016. “Foi difícil, mas eu acho que não tem o melhor jeito de aprender do que começando pelo mais difícil. É a melhor forma de evoluir”, completou.
“Estamos no meio da temporada. Agora vou para casa e sigo disputando as provas válidas para pontuação da Federação Internacional de Esqui. Quero continuar evoluindo e melhorando como esquiador”, finalizou a promessa do esqui alpino do Brasil.