Três Seleções brasileiras de goalball reúnem-se no Centro Paraolímpico, em São Paulo, para treinamentos até a segunda-feira (1º). As equipes principais masculina e feminina e a masculina de jovens buscam se preparar para as competições importantes da temporada, em agosto: os Jogos Parapan-Americanos, em Lima e o Mundial de Jovens, que acontece na Austrália.
Dos sete convocados para a Seleção de jovens de goalball, quatro treinam em conjunto com os jovens do Camping Escolar Paralímpico. Os outros três treinam com o time principal. Brian Araújo, de 16 anos, é aluno do Centro de Formação Esportiva do Centro Paraolímpico e foi um dos convocados e competirá no Mundial de Jovens.
“Estar com a Seleção principal é o sonho de qualquer atleta, em qualquer modalidade. Os jogadores da Seleção são muito experientes, têm muitos anos de goalball e é muito bom estar aprendendo. É uma vivência para o resto da vida e quero aproveitar muito. Estou tomando coragem para pedir uma camisa para o Parazinho”, comenta aos risos o paulistano que foi diagnosticado com a doença de Stargardt aos sete anos de idade. A doença prejudica principalmente o centro do campo de visão, tendo menos impacto na visão periférica, o que classifica Brian como B3.
O jogador conheceu a modalidade apenas no ano passado, quando começou a treinar no Centro de Formação. Logo de cara, se encantou com a modalidade. Sobre o Mundial de jovens, ele comenta que as expectativas estão altas: “Eu participei do Campeonato Paulista, Brasileiro e das Paralimpíadas Escolares. Então essa vai ser a minha primeira experiência internacional e eu estou muito ansioso!”
Já as equipes principais treinam com foco nos Jogos Parapan-Americanos, que também serão no mês de agosto. “O nosso foco principal é a conquista do bicampeonato do Parapan. A nossa estratégia vem sendo desenvolvida desde janeiro, com a participação da Seleção do torneio no Japão, no Malmo Cup agora em maio, e a realização de seis fases de treinamento, avaliando as atletas nos aspectos técnicos, táticos, físicos e psicológicos até a formação final da equipe”, afirmou Dailton Ferreira, técnico da Seleção feminina.
Alessandro Tosim, que comanda o time masculino, conta que após o Malmo Cup, algumas ações estão sendo adaptadas: “Estamos tentando corrigir algumas falhas defensivas que aconteceram na nossa equipe e potencializar o que foi bastante eficaz na competição, como bolas de profundidade que a gente bateu e converteu em gols”.