Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 26 de fevereiro do Diário de S. Paulo
Nos últimos anos, a relação entre Jade Barbosa e a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) tem sido marcada por troca de acusações e muitas polêmicas. Desde o episódio em que o pai da ginasta acusou os médicos da entidade de não tratarem corretamente uma gravíssima contusão no punho direito de Jade, ocorrida durante sua preparação para as Olimpíadas de Pequim-08, o clima com a CBG sempre foi tenso. Nem de longe lembra a lua de mel que a atleta vivia com os dirigentes na época do Pan-Americano do Rio-07, quando ela foi uma das estrelas da competição, ao conquistar as medalha de ouro no salto, bronze no solo e prata por equipe.
Após um longo tempo fora de combate, Jade retornou às competições no final do ano passado, durante o Brasileiro por equipes, quando garantiu o título no solo. Pronto, estava aberto o caminho para o seu retorno à seleção brasileira permanente, correto? De forma alguma. Ao divulgar a relação dos convocados para a disputa da Copa do Mundo, a CBG não incluiu o nome de Jade Barbosa na lista. E o motivo é mais uma vez polêmico.
Oficialmente, a Confederação não se manifesta, mas existe um conflito entre os patrocinadores da entidade e da ginasta, que são dois bancos distintos. Enquanto o pai da atleta, César Barbosa, não se entende com a direção da CBG, resta à ginasta aguardar. Considerada uma das maiores revelações da ginástica artística brasileira, Jade está pronta para competir. Pena que os cartolas não estejam permitindo.
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras no Diário de S. Paulo