Depois da dobradinha brasileira na maratona aquática feminina, muita expectativa foi criada para a prova masculina, mas os representantes do país não conseguiram repetir o desempenho das meninas. Victor Colonese foi o que teve melhor desempenho ao terminar na quarta colocação, apenas 0s9 atrás do americano Taylor Abbot, que ficou com a medalha de bronze. O vencedor da prova foi o equatoriano Esteban Enderica, que chegou 13s3 a frente do argentino Guillermo Bertola, que terminou com a prata.
“Eu acho que faltou um pouco de adaptação com o traje. Eu senti muito o meu ombro, inclusive para tirar o traje. É um novo estilo nadar com esse traje e você precisa estar adaptado e a gente não treinou muito essa adaptação porque a gente estava mais voltado para o Mundial (disputado no mês passado na Coreia do Sul). Então, a gente só treinou nove dias de lá para cá. Foi pouco tempo e senti o ombro desde a terceira volta. Consegui me manter sempre no pelotão e sabia que no final ia ter que dar o tiro. Dei meu máximo, fiquei próximo da medalha, mas saio de cabeça erguida, sei que foi uma grande prova e vamos continuar treinando porque o foco ainda é Tóquio 2020”, explicou Victor Colonese, se referindo à dificuldade enfrentada por ele ao usar os trajes que matém o corpo dos nadadores aquecidos e os ajudam a flutuar.
“É um traje que muda o estilo de nadar. Como o Brasil é um país tropical, não temos provas em temperaturas tão baixas. Não temos o costume de usar e acaba sendo uma ex.periência diferente e sofremos com a utilização do traje”, continuou Victor Colonese.
A prova dos Jogos Pan-Americanos, disputada na Lagoa Bujama, que fica a 92 quilômetros de Lima, foi disputada com a água a uma temperatura de 18 graus. Quando a competição ocorre numa temperatura acima de 20 graus, o tipo de vestimenta dos atletas é outro. Mas com temperaturas menores de 18 graus, ele é obrigatório e, de 18 a 20, ele é opcional. “Como o traje ajuda a flutuar, fica mais fácil de nadar. Então, todo mundo opta por usar, mas tem que ter mais costume de utilizar”, explicou Colonese.
Outro brasileiro na prova, Allan do Carmo também teve problemas com o traje, mas as dificuldades foram diferentes das enfrentadas pelo compatriota. A roupa dele rasgou durante a competição e começou a encher de água. Apesar disso, ele não desistiu, mas sofreu com o frio e com a flutuabilidade, terminando apenas em 13º. lugar.
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