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Pan 2019

Brasil cai para Cuba e vai brigar pelo bronze no vôlei masculino

Vôlei masculino toma de 3 a 0 para Cuba e fica fora da disputa do ouro, algo que não ocorre desde 2003

Alexandre Loureiro/COB

O Brasil perdeu para Cuba por 3 a 0 na semifinal do vôlei masculino nos Jogos Pan-Americanos de Lima, neste sábado (4). As parciais foram de 25/16, 25/22 e 25/21. Com isso ficou fora da disputa pelo ouro, que não vem desde 2011, em Guadalajara. Em Toronto, há quatro anos, a seleção perdeu a final para a Argentina.

O vôlei masculino não fica de fora de uma final em Jogos Pan-Americanos desde 2003, em Santo Domingo, quando foi bronze. A última vez em que não foi ao pódio foi em 1995, em Mar del Plata. Para tentar se manter entre os três primeiros, agora em Lima, o Brasil volta à quadra às 20h deste domingo. O adversário será Argentina ou Chile.

“O voleibol internacional está ficando numa situação de condição física que a gente tem de ficar atento no Brasil”, comentou o técnico Marcelo Fronckowiak após a partida. “A gente tem ciclos muito bons de jogadores tecnicamente diferenciados, como o Ricardinho e o Giba, que compensavam a ausência de força física com qualidade técnica e velocidade. E pelo tamanho que está ficando o voleibol, pela intensidade, pela força a gente está precisando buscar jogadores como o Kadu, como o Roque, como o Abuda”, acrescentou.

Marcelo Fronckowiak, técnico do vôlei masculino nos Jogos Pan-Americanos

Marcelo Fronckowiak no jogo contra Cuba (Alexandre Loureiro/COB)

O treinador viu isso contra Cuba. “Você tem atacantes de tanta força e tanta potência como Cuba hoje, quer dizer, eles resolveram o problema de imediato. A gente travou e Cuba não travou nunca”, comentou. “Hoje nós temos jogadores na Rússia, que são ponteiros, com mais de dois metros e saltando um metro. Esses cubanos aqui a mesma situação. E não está tão fácil de achar isso no Brasil”.

A seleção chegou na semifinal após ver de perto a eliminação ainda na fase de classificação. Na sexta (2), o time chegou a estar perdendo por 2 a 0 para os Estados Unidos e, se perdesse por 3 a 0, cairia fora. O Brasil acabou virando para 3 a 2 e se classificou em primeiro lugar no Grupo B. Cuba foi a segunda do A.

Éder com problema estomacal

A seleção entrou em quadra sem o central Éder, que nem veio para o banco no primeiro set. “Eu comi alguma coisa e acabei passando mal. Comecei a vomitar e não conseguia sair de perto do banheiro”, revelou, acrescentando que o problema não afetou seu desempenho de forma determinante. Ele foi para o jogo a partir da segunda parcial.

Cledenílson entrou em seu lugar. Rodriguinho também não começou, ao contrário das outras partidas, dando lugar a Kadu. Sendo assim, o time que  titular foi Thiaguinho, Cledenílson e Matheus, Lucas Lóh e Kadu e Abouba, sempre com Rogerinho de líbero.

Sem o capitão em quadra, o Brasil não foi páreo para os cubanos, que foram abrindo frente desde o início. Fronckowiak ainda mexeu na distribuição e no ataque, colocando Carísio e Roque nos lugares de Thiaguinho e Abouba, mas não adiantou e eles fecharam com um sonoro 25 a 16.

Éder reapareceu na quadra no intervalo do primeiro para o segundo set e fez aquecimento. Não começou jogando o segundo set, mas entrou logo no início. E o Brasil começou bem, chegou a abrir 5 a 2, mas novamente parou de virar.

Éder, capital da seleção de vôlei masculino nos Jogos Pan-Americanos

Éder chegou para o segundo set (Alexandre Loureiro/COB)

Os caribenhos empataram, viraram e sumiram, mas desta vez a seleção reagiu. Aos poucos se aproximou, chegou a colar no 21 a 19, mas os cubanos conseguiram manter-se à frente até fechar em 25 a 22. O último set foi um repeteco do segundo, com os cubanos abrindo no começo e o Brasil tentando buscar no final, sem sucesso.

“Talvez a equipe estivesse um pouco tensa por estar enfentando Cuba, que é uma seleção muito forte. E no começo dos sets, quando não começou a funcionar o que a gente tinha planejado, paramos de jogar taticamente”, comentou Éder, capitão do time. “Cuba sempre que joga na frente joga mais solta. A partir do momento que a gente colocou pressão eles começaram a errar. Faltou desde o início darmos uma pressionada no time deles”, disse. “Agora a gente vai com tudo amanhã para tentar conseguir o bronze”, finalizou.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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