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Jogos Mundiais Universitários

Brasil fecha participação em Chengdu com 13 medalhas

Com delegação de 155 atletas, Brasil encerra campanha na Universíade de Chengdu com sete pratas e seis bronzes

Judô do Brasil nos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu
Equipe feminina de judô (Foto: Saulo Cruz/CBDU)

O Time U Brasil fechou sua participação na 31ª edição dos Jogos Mundiais Universitários de Verão, em Chengdu, na China, com 13 medalhas. Foram sete pratas e seis bronzes, que renderam ao país a 37ª colocação no quadro geral de medalhas. O megaevento chegou ao fim de forma oficial nesta terça-feira (8), com uma cerimônia de encerramento realizada no Chengdu Open Air Music Park.

Os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu aconteceram com dois anos de atraso por conta da pandemia de Covid-19. Assim, a competição reuniu atletas com idades entre 18 e 27 anos, em 18 modalidades. Participaram mais de cinco mil atletas de 119 países. O Brasil contou com uma delegação de 155 esportistas em 11 modalidades: atletismo, badminton, basquete, judô, natação, saltos ornamentais, taekwondo, tênis, tênis de mesa, vôlei e wushu.

Dos 13 pódios brasileiros, sete vieram da natação. Contando com uma delegação de 29 atletas, sendo seis que já disputaram Olimpíadas, a modalidade foi o carro-chefe da delegação verde-amarela. Foram três pratas e quatro bronzes, com destaques para Breno Correia, Lucas Peixoto e Vinicius Assunção, que conquistaram três medalhas cada. Breno e Vini medalharam apenas em revezamentos, enquanto Peixoto foi prata nos 50m livre e bronze nos 100m livre, além de ser prata no revezamento 4x100m livre masculino.

Lucas Peixoto nos Jogos Mundiais Universitários natação
Lucas Peixoto faturou três medalhas em Chengdu (Foto: Saulo Cruz/CBDU)

As outras medalhas brasileiras ficaram concentradas em quatro modalidades. O judô faturou dois bronzes, com Agatha Silva (+78kg) e a equipe feminina, assim como o atletismo, com Marlene Santos (400m com barreiras) e o revezamento 4x400m rasos. Por fim, completaram a lista Anna Lúcia dos Santos e Rafael Max Almeida, dos saltos ornamentais, e o time de basquete masculino, que venceu cinco jogos e perdeu a final para a República Tcheca, ficando com a prata.

Situação no quadro de medalhas

O Brasil conquistou 13 medalhas em Chengdu, sendo sete pratas e seis bronzes, ficando na 37ª colocação no quadro geral de medalhas. Sede da competição, a China liderou com muita folga, levando 103 ouros, 40 pratas e 35 bronzes, totalizando 178 pódios. O Japão apareceu logo em seguida, com 21 ouros, 29 pratas e 43 bronzes (total de 93). Por fim, a Coreia do Sul completou o top-3, levando 17 ouros, 18 pratas e 23 bronzes, totalizando 58 conquistas.

Marlene Santos com a medalha de prata nos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu
Marlene Santos faturou duas pratas em Chengdu (Foto: Célio Júnior/CBDU)

Se considerarmos a contagem do total de medalhas, e não o de ouros, o Brasil ficou na 17ª colocação no quadro geral. Curiosamente, a sua frente ainda ficou o Uzbequistão, que também não levou medalhas de ouro, mas faturou oito pratas e seis bronzes, totalizando 14 pódios. Ao todo, 53 países conquistaram ao menos uma medalha no evento. Além do Brasil, somente outras duas nações das Américas foram ao pódio: Estados Unidos (um ouro, nove pratas e 13 bronzes) e Jamaica (um ouro e uma prata). O Canadá não enviou representantes.

Saldo histórico

Com as 13 conquistas em Chengdu, o Brasil chegou a 192 medalhas conquistadas na história dos Jogos Mundiais Universitários. Agora, são 39 ouros, 51 pratas e 102 bronzes. A natação segue sendo a modalidade mais vitoriosa do país, com 61 medalhas. O judô vem logo atrás com 39 pódios, enquanto o atletismo aparece em terceiro lugar com 38. Os saltos ornamentais acumula oito medalhas, enquanto o basquete tem cinco.

Esta foi a terceira vez consecutiva que o Brasil conquistou mais de dez medalhas em uma mesma edição dos Jogos Mundiais Universitários. Além disso, o país manteve a escrita de ir ao pódio em seis ou mais vezes de forma seguida desde 1995. Entretanto, o desempenho em Chengdu fez o Brasil quebrar uma marca de 30 anos. Foi a primeira vez desde Buffalo-1993 que o país não conquistou uma medalha de ouro na Universíade.

Caio Pacheco basquete masculino em Chengdu
Caio Pacheco foi um dos líderes da equipe de basquete, que venceu cinco jogos, mas perdeu a final (Foto: Saulo Cruz/CBDU)

Por outro lado, as sete pratas obtidas em Chengdu foram o maior número de medalhas desta cor obtidas pelo Brasil em uma única edição. Considerando campanhas históricas, a melhor participação brasileira nos Jogos Mundiais Universitários foi em Nápoles-2019, com cinco ouros, três pratas e nove bronzes. No total de pódios, o Time U Brasil faturou 19 medalhas em Shenzhen-2011, com dois ouros, quatro pratas e 13 bronzes.

A próxima edição dos Jogos Mundiais Universitários de Verão acontecerá na Região do Reno-Ruhr, na Alemanha, em julho de 2025. O programa contará com o retorno do vôlei de praia, além das inserções de maratona aquática e basquete 3×3. Antes, em janeiro de 2025, ocorrerá a edição de Inverno dos Jogos, com sede em Turim, na Itália.

Medalhas do Brasil nos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu

OUROS – 0

PRATAS – 7
Eduardo Moraes – natação (400m livre)

Revezamento 4x100m livre masculino – natação
Anna Lúcia dos Santos e Rafael Max Almeida – saltos ornamentais (trampolim 3m sincronizado misto)
Marlene Santos – atletismo (400m com barreiras)
Revezamento 4x400m feminino – atletismo
Equipe masculina – basquete
Lucas Peixoto – natação (50m livre)

BRONZES – 6
Agatha Silva – judô (+78kg)

Equipe feminina – judô
Lucas Peixoto – natação (100m livre)
Revezamento 4x100m livre misto – natação
Revezamento 4x200m livre masculino – natação
Jhennifer Conceição – natação (50m peito)

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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