Depois de fazer sua melhor campanha na história das Universíades em 2019, o Time U Brasil também quer ficar entre as principais potências do planeta nos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu. O país traça como meta terminar entre os 20 primeiros colocados do quadro geral de medalhas do megaevento, que foi oficialmente aberto nesta sexta-feira (29), em uma cerimônia com muita luz.
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“Somos uma das maiores delegações, sempre zelamos por isso. Óbvio que isso traz expectativa de resultados esportivos. Sempre colocamos como meta ficar entre os 20 primeiros colocados (do quadro de medalhas). Para quem não conhece, acha que não é uma meta ambiciosa, mas nossa marca é os Jogos Olímpicos. Aqui, é o último estágio antes da Olimpíada. Vai haver vários pódios que vão se repetir em Paris ou que já apareceram em Tóquio. Estar entre os 20 é uma meta bastante difícil e a gente se propõe a isso”, disse o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral, ao Olimpíada Todo Dia, direto de Chengdu.
O Brasil terminou em 13º lugar no quadro de medalhas na última edição dos Jogos Mundiais Universitários, em Nápoles-2019, após conquistar cinco ouros, três pratas e nove bronzes, totalizando 17 pódios. Foi a melhor posição da delegação brasileira no evento. Para Chengdu, o país conta com 155 atletas em 11 modalidades. Destes, sete já disputaram Olimpíadas, sendo seis da natação e um do atletismo.
Sem previsões detalhadas
Apesar de querer se manter no top-20 dos principais países dos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu, Luciano Cabral não se arrisca a fazer uma projeção de medalhas. Isto porque esta edição do megaevento está acontecendo com dois anos de atraso por conta da pandemia de Covid-19. Por isso, houve um ajuste no limite de idade para elegibilidade dos atletas, permitindo a participação de atletas entre 18 e 27 anos.
“É impossível traçar um quantitativo como meta para essa edição dos Jogos Mundiais Universitários, por vários fatores. Temos uma geração extra, com atletas acima de 25 anos, que disputariam a Universíade passada. Não tem como mapear isso no mundo, como os outros países estão se comportando. Nesse momento, estão acontecendo Campeonatos Mundiais de várias modalidades, como natação e atletismo, o que faz com que muitos países venham mais fortes e outros não. Existem diversas variáveis que vão interferir nos resultados. Fazer qualquer previsão é arriscado”, falou o dirigente alagoano.
Organização dos Jogos
Além de presidente da CBDU há 18 anos, Luciano Cabral também é vice-presidente da Federação Internacional do Esporte Universitário (FISU), responsável pela organização dos Jogos Mundiais Universitários. Ele também comentou sobre a emoção de ter a competição de volta após uma ausência de quatro anos.
“O programa do esporte universitário é uma plataforma de desenvolvimento de atletas de alto rendimento, mas também de desenvolvimento de social. Não só para o Brasil, mas para os 170 países filiados a FISU. Quando você tem um lapso de quatro anos, é muito ruim porque algumas gerações não conseguem participar. Se você considera que um curso dura quatro anos, alguns atletas perderam essa oportunidade, que é única na vida deles. Então, nós ficamos muito ansiosos pela volta dos Jogos para poder que os atletas tenham essa experiência. A retomada dos Jogos é a retomada da vida”, falou Luciano.