No último dia de competição em Al-Gharafa, umas das sedes dos Jogos Mundiais de Praia, o handebol de areia esquentou ainda mais a terça-feira (15) em Doha, no Catar. Enquanto os homens passaram pela seleção da casa e vão decidir o ouro contra os espanhóis, as mulheres caíram para as dinamarquesas na semifinal.
A abertura do dia ficou com as mulheres e foi um clássico do handebol de areia: Brasil e Dinamarca, cada um ao seu estilo próprio. As dinamarquesas são imponentes, físicas e atléticas; enquanto o Brasil se concentrou em passes rápidos e precisos, muita velocidade e com as fintas de Jessica Alves Ferreira.
As sul-americanas ainda não haviam perdido um jogo aqui, e as campeões europeias deram tudo para detê-las, impulsionadas pelos nove gols de Line Kristensen, em nove tentativas, uma perfeição na cara do gol. As dinamarqueses venceram o primeiro set de ponta a ponta, por 23-20.
Mas as brasileiras encontraram outro ritmo no segundo set e venceram por 20 a 16. As dinamarqueses estavam atrás no momentos finais, mas conseguiram a virada e a vaga para disputar o ouro contra a Hungria.
No handebol de areia masculino, os brasileiros jogaram com a torcida contra. Os anfitriões entraram com tudo, mas sabiam que enfrentariam os campeões mundiais.
Em um primeiro set muito disputado, os dois lados receberam penalidades por obstrução, e a liderança mudou várias vezes antes de duas grandes defesas deixarem o Brasil na frente. No final, os brasileiros venceram o primeiro set por 15 a 14, em um jogo tão apertado que o Catar ficou com uma bola no ar em direção ao gol, enquanto o apito soava anunciando o final da primeira etapa.
Ambas as equipes deram tudo no segundo set, com grandes defesas de ambas as equipas. O Catar venceu por 14 a 10 e deixou a torcida alucinada.
Mas o set desempate foi todo brasileiro e um desastre para o Catar: 7 a 4 e vaga na final dos Jogos Mundiais de Praia. Gil Vicente de Paes Pires comentou sobre a partida: “Fazer isso acontecer, com casa cheia, com todo mundo gritando muito, mas não por nós, não pelo Brasil, sentimos a energia, a atmosfera, é fantástico porque nós somos atletas, né?
