O lema dos Jogos da Juventude Aracaju 2022 é “Desenvolvendo Campeões”. E o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem realizado diversas ações nesse sentido durante o evento. Uma delas é a presença de observadores técnicos em praticamente todas as modalidades.
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São profissionais que exercem funções variadas em confederações e seleções nacionais, como treinadores, assistentes técnicos, analistas de desempenho, gestores, entre outros, dos esportes envolvidos. O principal objetivo é avaliar de perto e mapear os talentos que se destacarem e mostrarem potencial nos Jogos da Juventude, além de ajudar na capacitação dos treinadores.
Kenji Saito, diretor de Desenvolvimento e Ciências do Esporte do COB, explica a importância da presença dos observadores técnicos no evento.
“Assim como temos o Centro de Avaliação e Monitoramento, que tem como objetivo acompanhar e monitorar os atletas que passam por aqui, também temos o programa de observadores técnicos, no qual as confederações enviam profissionais para observar atletas que ainda não estavam no radar delas”.
“Além do processo de observação das disputas esportivas, os profissionais das seleções realizam diversas ações como palestras, treinamentos, para aproveitar os treinadores que estão aqui e passem a mensagem que as confederações gostariam. A ideia é que o processo de formação do atleta seja cada vez mais eficiente e daqui saiam futuros medalhistas olímpicos, mundiais e atletas de sucesso”, explicou.
As tarefas dos observadores vão além de simplesmente analisar e mapear os jovens talentos, como citou Kenji Saito. Ele têm realizado diversas ações voltadas para atletas e treinadores, como palestras, testes e treinamentos técnicos presenciais, entre outros, sempre voltados aos seus respectivos esportes.
27 modalidades
Lourenço Ritli Filho foi um dos responsáveis pela tarefa de observação na ginástica artística e falou sobre o trabalho desenvolvido nos dias em Aracaju.
“Eu vim com o objetivo de identificar os atletas que não participam do cenário nacional e tentar trazer uma experiência na parte técnica. Além disso, também ajudar no sentido de identificar condições de ginásio, de aparelhagem, de trabalho, os aspectos técnicos e físicos dos atletas”, explicou.
Taísa Belli, gerente de ciência do esporte da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, foi a observadora do tênis de mesa. Ela avalia o projeto como positivo e destaca sobretudo a parte de capacitação de treinadores.
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“O objetivo dos observadores é detectar potenciais atletas, que já mostram potencial nessa faixa etária para poder chegar ao adulto. Também tem o trabalho com os treinadores que estão com esses atletas durante a competição. Nesse sentido a gente fez dois dias de intervenção no desenvolvimento deles. Foi uma troca muito rica, com exemplos práticos e conceituais. Os treinadores ficaram com a lição de desenvolver aquilo que trabalhamos já no dia seguinte”, explicou.
Ao todo, 27 observadores técnicos fazem parte do programa, com os seguintes esportes: atletismo, badminton, basquete, ciclismo, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, natação, judô, taekwondo, tênis de mesa, vôlei de praia, vôlei e wrestling.