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Seleção Brasileira

Esporte olímpico brasileiro renasce em 2017

O primeiro ano do ciclo olímpico para Tóquio-2020 marcou uma revolução na história do esporte do Brasil. Um recomeço, com fatos positivos e negativos

* Texto publicado na edição desta terça do Lance!

É impossível fazer qualquer retrospectiva sobre o ano de 2017 no esporte olímpico brasileiro sem que as palavras “mudança”, “renascimento” ou “limpeza” não estejam presentes. A largada do ciclo visando a Olimpíada de Tóquio-2020 teve o espaço dedicado à cobertura da participação de atletas do Brasil em vários Mundiais dividido com o noticiário policial.

A queda de Carlos Arthur Nuzman no comando do COB (Comitê Olímpico do Brasil), depois de 22 anos dando as cartas no esporte olímpico nacional, foi o momento que simboliza uma mudança de rumo, uma nova era. E esta “troca de guarda” aconteceu por conta do que pode ser um dos maiores vexames da história do movimento olímpico do Brasil: a suspeita de compra de votos para o Rio de Janeiro receber a Olimpíada de 2016.

Como sempre é possível ver o copo meio cheio ou vazio, a saída de Nuzman do COB foi o ponto alto de uma série de movimentações no esporte brasileiro, que culminaram com a aprovação de um novo estatuto para a entidade, muito mais democrático e que ampliou consideravelmente a participação dos atletas em seu Colégio Eleitoral, tendo agora 12 representantes. Um sopro de democracia por aqui.

Em 2017, o esporte brasileiro aprendeu que a fartura do último ciclo olímpico acabou. Muitas confederações sofreram com a falta de patrocinadores, o que refletiu diretamente na performance dos atletas. Ainda assim, a temporada terminou com 20 medalhas em Mundiais ou competições equivalentes. Foi a segunda melhor largada de um ciclo olímpico do Brasil, só inferior mesmo às 27 medalhas obtidas em 2013.

Destaques esperados

Como sempre, judô e natação foram os destaques. Com excelente performance no Mundial de Budapeste, quando faturou cinco medalhas e viu Mayra Aguiar consagrar-se com o bicampeonato na categoria 78 kg, o judô brasileiro confirmou sua força.

Já a natação, que em 2017 se livrou da dinastia de Coaracy Nunes após quase três décadas na CBDA, fez uma bela participação no Mundial, coincidentemente também em Budapeste, com duas medalhas de prata (Bruno Fratus nos 50 m livre e revezamento 4 x 100 m livre), além de um bronze de Ana Marcela Cunha na maratona aquática. Além, é claro, de um ouro de Etiene Medeiros nos 50 m costas (prova não olímpica), o primeiro da história da natação feminina do  Brasil

O ano de 2017 não foi tão ruim assim para o esporte olímpico do Brasil, não é mesmo?

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