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Um sopro de democracia no esporte olímpico

As propostas para o novo estatuto do COB são extremamente positivas. Resta agora a coragem aos presidentes das confederações para adotá-las sem medo

A esta altura do dia, todos que acompanham o esporte olímpico já conhecem os principais pontos da proposta para o novo estatuto do COB. A comissão de reavaliação estatutária do Comitê Olímpico do Brasil apresentou nesta segunda-feira (13) as sugestões para alteração no estatuto da entidade. Os principais detalhes você pode conferir aqui, na cobertura do LANCE!, ou mesmo no arquivo completo das mudanças, no site do COB.

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A maior parte das propostas você já tinha conferido aqui. E os principais caminhos de modernização sinalizados pela comissão de reavaliação, com contribuição de entidades civis e esportivas, trazem um sopro de esperança para o movimento olímpico brasileiro.

A palavra de ordem a partir de agora é democracia.

Parece inconcebível que em pleno 2017 estejamos festejando que a partir de agora, a comissão de atletas do COB terá direito a 12 votos nas eleições presidenciais e demais decisões da Assembleia Geral. Mas isso tem que ser festejado, e muito, especialmente após os 22 anos que durou a era Carlos Arthur Nuzman. É igualmente inacreditável que a partir de agora, qualquer brasileiro maior de idade e com a ficha limpa, desde que conte com três indicações dentre as confederações, possa pleitear o desejo de ser presidente do COB.

E o que dizer então de poder criar uma Comissão de Ética e um Conselho Fiscal independentes? Parece surreal que estejamos festejando a possibilidade de estes dois pontos serem aprovados no novo estatuto – mas diante de tudo o que houve no esporte olímpico brasileiro nas últimas décadas, a surpresa é perfeitamente aceitável.

Agora, resta esperar que os presidentes das confederações olímpicas mostrem a coragem suficiente para não barrar os itens mais importantes apontados neste documento, na Assembleia Geral do próximo dia 22. Bom que se lembrem que o COB terá que assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o ministério do Esporte, para não correr o risco de perder os repasses de recursos federais, além de precisar contar com a benção do COI (Comitê Olímpico Internacional), para ver a suspensão aplicada pela entidade ser revogada de vez.

O momento não é para ações tímidas, em busca da modernização do esporte olímpico brasileiro.

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