Carlos Arthur Nuzman enviou na semana passada carta que oficializa sua intenção de concorrer à presidência da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana). O documento de duas páginas confirmou a intenção do presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), já manifestada no final do ano passado, durante uma reunião dos representantes da entidade pan-americana.
O dirigente brasileiro deverá concorrer contra outros quatro candidatos, que serão escolhidos pelos 41 comitês olímpicos nacionais que compõe a Odepa no dia 26 de abril, em Montevideo. Sua tarefa, porém, ficou um pouco mais fácil por causa da desistência do uruguaio Julio Maglione, atual presidente da Odepa, concorrer à reeleição.
A carta que confirmou a candidatura de Nuzman, obtida pelo site “Inside the Games”, chegou à Odepa dois dias antes do prazo final para a confirmação das candidaturas (quarta-feira, 25). O brasileiro foi o último a enviar o documento para a secretária-geral da entidade, Jimena Saldaña.
O texto (veja parte dele à esqueda) fez um resumo da carreira de Nuzman como dirigente esportivo, primeiro no comando da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e depois como mandatário do COB. A carta enalteceu ainda o trabalho de Nuzman como organizador de eventos: Jogos Sul-Americanos-2002, Pan-2007, terminando com a realização da Olimpíada e Paralimpíada Rio-2016.
Sem a concorrência de Maglione (também presidente da Federação Internacional de Natação), não há como negar que o brasileiro larga com favoritismo. Os outros quatro candidatos não possuem o mesmo peso político do presidente do COB. A princípio, seu maior rival deve ser Neven Ilic, presidente do comitê olímpico chileno. Os outros concorrentes são José Joaquín Puello (República Dominicana), Keith Joseph (São Vicente e Granadinas) e Richard Peterkin (Santa Lúcia). Esse último já admitiu que pode abdicar da candidatura e apoiar outro concorrente.
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