Esta sexta-feira (15) deveria celebrar uma semana de festa para a organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Afinal, começou mais um evento-teste, com a abertura do quadrangular internacional feminino de basquete, que também serviu para inaugurar a Arena Carioca 1, uma das mais belas instalações construídas para o evento, localizada no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Mas não foi apenas isso o que aconteceu.
Uma coleção de problemas, perto da marca de 200 dias para o início dos Jogos (que será alcançada na próxima segunda-feira) rendeu belas dores de cabeça entre os dirigentes que integram o comitê Rio 2016. E todos eles ligados a questões que o COI (Comitê Olímpico Internacional) já acreditava terem sido superadas: atraso nas obras olímpicas.
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Primeiro, foi o comunicado divulgado pela Prefeitura do Rio na quinta-feira (14), anunciando o rompimento da parceria com o consórcio formado pelas empresas Ibeg, Tangran e Damiani, responsável pela construção do Centro de Tênis olímpico. O motivo alegado, de acordo com o prefeito Eduardo Paes, foi que o consórcio não estava cumprindo o combinado no contrato. Vale lembrar que o Centro de Tênis ainda não está totalmente concluído (90% das obras estão prontas). Agora a prefeitura, além de aplicar uma multa de R$ 11 milhões no consórcio, terá que fazer uma nova licitação para completar a obra.
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O mesmo consórcio é o responsável pelas obras no Centro de Hipismo do Complexo de Deodoro, que também seguem atrasadas. A empresa segue credenciada pela prefeitura para seguir com esta obra
Nesta sexta-feira (15), o comitê Rio 2016 divulgou comunicado informando que o evento-teste de ciclismo, previsto para acontecer entre os dias 18 a 20 de março, foi adiado, simplesmente porque o velódromo não ficará pronto. O mesmo velódromo que terá como custo total R$ 138 milhões, por conta de várias mudanças no projeto e atraso na execução das obras. A arena está com 76% de suas obras concluídas e por isso o Desafio Internacional de Ciclismo, que servirá como evento-teste, acontecerá entre 29 de abril e 1º de maio.
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Existem problemas de atrasos ainda nas obras do estádio de remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, e recentemente o próprio Comitê Rio 2016 declarou que irá bancar as reformas no ginásio do Maracanãzinho e no Parque Aquático Julio Delamare, que seria de responsabilidade da Concessionária Maracanã, que poderá devolver o complexo ao estado. Custo destas obras ficarão em R$ 40 milhões.
Uma semana que poderia ser de festa e terminará com uma dose extra de preocupações aos organizadores das Olimpíadas Rio 2016, justamente na reta de chegada para a grande festa do esporte mundial.