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Seleção Brasileira

Doping triplo acende sinal de alerta no esporte olímpico do Brasil

Novos casos positivos mostram o quanto o tema doping merece ser tratado com atenção no universo olímpico brasileiro

Resultado positivo de doping pode fazer Andressa Morais perder a medalha de prata conquistada no Pan de Lima (Crédito: Wander Roberto/COB)

Na última quinta-feira (5), o COB (Comitê Olímpico do Brasil) realizou um encontro, também transmitido pela internet, para falar sobre seu programa de educação e prevenção ao doping. Apresentado por Cristiano Trajano, gerente desta área no COB, o encontro reuniu também especialistas no tema e também o diretor de esportes da entidade, Jorge Bichara. Acompanhei pelo link distribuído aos jornalistas fora do Rio e foi muito interessante. Resumidamente, reforçou-se a necessidade de realizar um intenso trabalho de informação aos atletas, tanto aos mais novos como aos de nível olímpico, sobre tudo o que diz respeito ao doping.

Pouco mais de 24 horas depois, o noticiário mostrou que mais do que nunca, o COB precisará dedicar muita atenção tema, após a confirmação de dois casos positivos de doping no esporte olímpico do Brasil.

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Nesta sexta (6), foram confirmados os casos positivos de Andressa de Morais, do atletismo, e do jogador Rodriguinho, do vôlei. Ambos participaram dos Jogos Pan-Americanos de Lima, de onde inclusive voltaram com medalha. Andressa ficou com a prata no lançamento do disco e Rodriguinho levou o bronze com a seleção masculina.

O caso de Andressa foi noticiado primeiramente pelo blog “Olhar Olímpico”, do UOL, enquanto o de Rodriguinho no blog de Bruno Voloch, do “Estadão”. Tanto a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) como a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), não confirmam os resultados positivos. Todos ainda aguardam o recebimento de uma notificação oficial. A mesma posição foi adotada pelo COB.

O resultado de Andressa acabou confirmado pela AIU (Unidade de Integridade do Atletismo), que divulgou em sua página a suspensão provisória da atleta. Ela foi flagrada com a substância SARM, mas a própria AIU alerta que o processo está na dependência de procedimentos da Panam Sports. A organizadora do Pan também não confirmou o resultado. O caso de Rodriguinho teria sido causado pelo uso de um suplemento alimentar.

A estes dois resultados soma-se também um outro positivo, o do ciclista Kacio Freitas. Bronze na prova por equipes do ciclismo pista em Lima, ele admitiu em uma rede social que houve um resultado positivo no exame de urina e negativo no de sangue.

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Três resultados positivos. Três casos que podem ser revertidos perfeitamente, caso se comprove alguma irregularidade ou mesmo contaminação das amostras destes atletas.

Mas não se pode fechar os olhos para um fato. O doping, mesmo involuntário, segue sendo uma praga sem fim no esporte brasileiro. Além do prejuízo pessoal e financeiro, há ainda o dano esportivo para o país. No caso de Andressa, pode significar a suspensão de uma atleta com potencial para brigar por grandes resultados no Mundial de atletismo de Doha, no final do mês.

Como se vê, o COB terá muito trabalho pela frente em seu departamento de educação e prevenção ao doping.

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