Quem gosta de natação não terá do que reclamar nos próximos seis dias. O Troféu Brasil Maria Lenk, que começa nesta terça-feira (16), no Rio de Janeiro, irá atrair a atenção de todos os fãs. O evento ainda nos brindará com uma das melhores gerações na história da modalidade. E convenhamos, a natação do Brasil está mesmo precisando de boas notícias.
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A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) vem passando por sérios problemas financeiros. A gestão de Miguel Cagnoni admitiu ter débitos que chegam a R$ 7 milhões dos anos fiscais de 2015 e 2016, quando a entidade era comandada por Coaracy Nunes.
Com estas contas abertas, não pode ter acesso aos recursos da Lei Agnelo/Piva. O site especializado Best Swimming detalhou tudo isso após a última Assembleia Geral da entidade, em março.
Para 2019, a CBDA deveria receber do COB (Comitê Olímpico do Brasil) um total de R$ 4.533.173,18 de repasses da lei das loterias. Para piorar o cenário, embora tenha anunciado a renovação do contrato até 2021, os Correios ainda não assinaram o novo acordo e nem deram pista de quando isso irá ocorrer. Menos uma fonte de receita para a CBDA.
Mesmo diante deste cenário nebuloso, dentro d’água a natação do Brasil não tem do que reclamar.
Geração brilhante
Será na piscina que leva o nome de um ícone da natação do Brasil que veremos em ação a maior reunião de talentos numa mesma geração. Não é exagero: nunca houve tanta gente boa nas piscinas brasileiras em uma mesma época.
Estarão em ação, por exemplo, os integrantes do revezamento 4 x 200 m livre, campeões e recordistas mundiais em piscina curta no ano passado. Fernando Scheffer, Luiz Altamir, Leonardo Santos e Breno Correia são quatro representantes de uma safra muito talentosa que vem aparecendo.
Outro que promete brilhar nesta semana é Vinícius Lanza, especialista nos 100 e 200 m borboleta. Recentemente, conquistou dois ouros e uma prata no NCAA, a forte liga universitária americana de natação. Há até um grande nome nas provas de fundo, que não costumam ser o forte do Brasil, o carioca Guilherme Costa, nos 800 e 1.500 m.
O Troféu Maria Lenk também terá nomes mais conhecidos, mas não menos talentosos. Bruno Fratus, nosso principal velocista nos 50 m livre, medalhista do Mundial de Budapeste 2017, está de volta. Em 2018, não competiu no segundo semestre, em razão em uma cirurgia no ombro esquerdo.
Além dele, o torneio também contará com Etiene Medeiros, principal nome da natação feminina e que decidiu se dedicar apenas aos 50 e 100 m livre, pensando na Olimpíada de Tóquio, no ano que vem.
O Troféu Brasil Maria Lenk também servirá como seletiva para a formação das equipes que irão ao Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, e aos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019.
Ao longo da semana, as provas serão transmitidas pela TV CBDA.
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