A inesperada derrota na eleição da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) trouxe consequências para o brasileiro Carlos Arthur Nuzman, mandatário do COB. Segundo informou o jornalista Bruno Voloch, em seu blog no Estadão, o dirigente enviou carta aos integrantes da Odesur (Organização Desportiva Sul-Americana), entidade que preside há 14 anos, informando que está deixando o cargo e convocando assembleia para definir o sucessor.
A decisão pode ser classificada, no mínimo, como surpreendente. Quem conhece um pouco a personalidade do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro sabe o quanto ele aprecia os caminhos da política internacional do movimento olímpico. Após ter perdido a condição de membro do Brasil no COI (Comitê Olímpico Internacional), por conta da idade, em 2012, Nuzman manteve o protagonismo no cenário esportivo por conta da organização da Olimpíada Rio-2016.
Com o final dos Jogos Olímpicos, apostou todas as fichas que conseguiria vencer a eleição da Odepa. Apresentou uma proposta de modernização da entidade, propondo um grande investimento na parte de marketing e na criação de novos eventos multi-esportivos nas Américas. Mas nem chegou a passar da primeira rodada da eleição, sendo superado pelo chileno Neven Ilic, que acabou sendo o eleito.
Na carta enviada a todos os membros do comitê executivo da entidade, Nuzman explica que havia tomado a “decisão irrevogável” de deixar o comando da Odesur e que havia a necessidade se marcar uma nova assembleia para definir quem ocupará o cargo. A ideia é que o encontro ocorra dia 1º de julho, no Rio de Janeiro (veja documento abaixo)
Mas Carlos Nuzman não estará totalmente fora da política internacional esportiva. Além de seguir por mais um mandato no comando no COB, o brasileiro também integra a Comissão de Coordenação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Não é a principal comissão para a organização da próxima Olimpíada, mas na prática Nuzman estará envolvido diretamente no evento.
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