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Deu uma Zika fora de hora na Rio-2016

Cientistas americanos pedem cancelamento da Olimpíada em razão da epidemia do vírus Zika no Brasil, em um evidente exagero e excesso de zelo

O diretor de comunicação da Rio-2016, Mario Andrada, responde aos jornalistas a respeito da preocupação com o aumento de casos de infecções pelo vírus Zika. Crédito: AFP

O diretor de comunicação da Rio-2016, Mario Andrada, responde aos jornalistas a respeito da preocupação com o aumento de casos de infecções pelo vírus Zika. Crédito: AFP

* Coluna Apito Inicial, publicada na edição desta segunda-feira do Diário Lance!

Uma coluna publicada pela revista americana “Forbes” na semana passada causou um verdadeiro alvoroço entre os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Os cientistas americanos Arthur Caplan e Lee Igel assinaram um texto onde simplesmente pedem o cancelamento das Olimpíadas em razão do incrível aumento no número de casos de infectados na América Latina, em especial no Brasil.

Tanto Caplan, que é chefe da divisão de ética médica da Universidade de Nova York, quanto Igel, pesquisador especializado em tomada de decisões e comportamento no trabalho em negócios do esporte, argumentam que seria “irresponsável” permitir a realização dos Jogos, argumentando que o turismo para o Rio de Janeiro será afetado de forma considerável. Por fim, dizem que o COI (Comitê Olímpico Internacional) deveria se preocupar com a saúde dos atletas e pensar na possibilidade de adiar ou mesmo cancelar a Rio-2016.

>>> E mais: Rio-2016 conta com ajuda do clima para combater epidemia de vírus Zika

O reflexo da coluna assinada pelos dois cientistas americanos foi imediato no Brasil. O ministério do Esporte soltou nota negando qualquer possibilidade de cancelamento das Olimpíadas, enquanto que o comitê organizador dos Jogos detalhou o plano de combate ao mosquito transmissor do vírus, com ajuda inclusive das Forças Armadas.

Preocupação com o número de infectados pelo vírus Zika é válida, mas não justifica essa histeria contra as Olimpíadas

Não há como negar a gravidade da situação, mas daí a defender até mesmo o cancelamento dos Jogos vai uma distância bem razoável. Ainda há dúvidas em relação aos danos provocados pelo vírus, tal a quantidade de pesquisas publicadas a respeito do tema semanalmente. Os organizadores lembram também que a Rio-2016 será realizada no inverno, período de menor proliferação do vírus, o que ajudará a diminuir o número de casos.

>>> Veja ainda: Dúvidas que ainda pairam sobre os Jogos Rio-2016

Não se trata de defender o indefensável, vide o caso da nada limpa Baía de Guanabara, sede das competições de vela. Mas só para refrescar a memória: as Olimpíadas ocorreram normalmente na poluidíssima Pequim, em 2008.

Judô em alta

No meio da folia de Carnaval, o judô brasileiro festejou uma boa participação no Grand Slam de Paris (FRA), realizado neste final de semana. Foram cinco medalhas, com destaque para o ouro de Mayra Aguiar, batendo sua eterna rival Kayla Harrison (EUA). Também foram ao pódio Sarah Menezes, Rafaela Silva, Victor Penalber e David Moura, todos com bronze.

Mais um vice

Não foi surpresa a derrota de Thomaz Bellucci para o dominicano Victor Estrella Burgos na final do ATP 250 de Quito (EQU), por 2 sets a 1. Em um roteiro conhecido, ele venceu o primeiro set e levou a virada, após perder o segundo no tie-break. O melhor tenista brasileiro no ranking mundial precisa evoluir no lado psicológico de olho na Rio-2016.

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