A partir desta quarta-feira (3), um dos gigantes da história olímpica do Brasil terá a chance de torna-se ainda maior. Em Sakaiminato (JAP), o Mundial da Classe Laser da vela será a primeira das três chances de Robert Scheidt assegurar seu lugar na Olimpíada de Tóquio-2020.
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Só a possibilidade de Scheidt poder disputar uma nova Olimpíada já é espetacular. O velejador é, ao lado de Torben Grael, o maior ganhador de medalhas olímpicas do Brasil. Foram cinco no total, sendo duas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), duas de prata (Sydney-2000 e Pequim-2008). Em sua sexta campanha olímpica, na Rio-2016, Scheidt passou em branco.
Em outubro de 2017, sem conseguir resultados em uma nova classe (a 49er), Robert Scheidt anunciou que estava desistindo de concorrer a uma vaga para a Olimpíada de Tóquio. Ele dizia que precisava dar mais tempo à família.
Mas o tempo sempre se encarrega de ser o melhor conselheiro. No caso de Scheidt, soma-se a isso um sonho de poder fazer história. Em fevereiro deste ano, ele anunciou que tentaria mais uma vez. Para isso, volta à Laser, classe que o consagrou em boa parte de sua carreira. Uma inédita sétima Olimpíada pode ser igualada apenas pela volante Formiga, da seleção feminina de futebol, que ainda está firme e forte.
Não será uma tarefa fácil para Scheidt. Aos 46 anos, ele tem a concorrência de rivais mais novos e motivados. Caso de João Pedro Souto de Oliveira, que foi quem assegurou a vaga do Brasil na Laser no Mundial do ano passado.
Para definir quem ficará com o lugar na classe em Tóquio-2020, a CBVela (Confederação Brasileira de Vela) criou um critério bem específico. Será uma autêntica “melhor de três” para definir o dono da vaga.
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No caso da Laser, o brasileiro melhor classificado no Mundial deste ano, contanto que esteja dentro do top 18 da competição, estará elegível para defender o país na Olimpíada. Ele só perderá a vaga se outro brasileiro for medalhista no evento-teste na raia de Enoshima, este ano, ou no Mundial de Laser de 2020.
Além de Robert Scheidt, estão de olho nesta vaga Bruno Fontes (campeão da Copa Brasil-2018, quando venceu o próprio Scheidt), João Pedro Souto de Oliveira e Philipp Grochtmann.
Se superar esta “melhor de três” e conseguir um lugar em Tóquio, Robert Scheidt comprovará que gênio é um adjetivo muito simples para defini-lo.