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Ana Marcela, Núbia e Rebeca

O sábado trouxe sentimentos distintos protagonizados por três destaques do esporte olímpico brasileiro

Rebeca Andrade em ação no Campeonato Brasileiro de Especialistas de ginástica artística (Crédito: Ricardo Bufolin/CBG)

Por uma destas incríveis coincidências, o último sábado (8) reservou emoções distintas para o esporte olímpico do Brasil. Momentos de alegria e de tristeza também.

Sentimento de orgulho foi o que trouxe Ana Marcela Cunha, o maior nome do Brasil na maratona aquática. Ao vencer a prova dos 10 km da etapa de Setúbal (POR) do circuito mundial da modalidade neste sábado, a brasileira alcançou uma marca histórica.

Ana Marcela alcançou em Portugal sua 22ª vitória em etapas da competição. Agora, a brasileira é a atleta com mais vitórias na história do torneio, deixando para trás o alemão Thomas Lurtz, já aposentado e com 21 conquistas. A cada prova, Ana Marcela Cunha reforça a sensação de que brigará por um lugar no pódio na Olimpíada de Tóquio-2020.

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O sentimento de alívio veio lá da Espanha. Mais precisamente com o resultado da primeira competição de Núbia Soares no salto triplo este ano. Terceira do ranking mundial da Iaaf (Associação das Federações Internacionais de Atletismo) em 2018, Núbia ainda não tinha entrado na pista nesta temporada.

Logo de cara, durante um meeting na cidade de Salamanca (ESP), a brasileira venceu com a marca de 14,15 m. O resultado está longe de seu melhor resultado na carreira (14,69 m), mas foi o bastante para que ela garantisse o índice na equipe de atletismo do Brasil que vai para os Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Para quem temia que ela demorasse a entrar no ritmo de alto nível, Núbia Soares mostrou que tem espaço para melhorar ainda mais;

A tristeza apareceu no começo da noite, com a confirmação da lesão (mais uma) da ginasta Rebeca Andrade. Durante a prova do solo no Brasileiro de Especialistas de ginástica artística, ela sentiu uma lesão no joelho direito. Após exames, ficou constatada uma lesão no ligamento cruzado anterior. Terá que passar por cirurgia e fora do Pan e do Mundial, só voltará às competições em oito meses.

Uma perda lamentável para a seleção feminina. Aos 20 anos, Rebeca é sem dúvida a mais talentosa ginasta que o Brasil já teve. Completa, tem ótimo desempenho em vários aparelhos. No mês de março, teve uma atuação soberba na medalha de ouro conquistada pela equipe em um tradicional torneio na Alemanha.

Treinadores de outras seleções não se cansam de elogiar o nível técnico de Rebeca. Assim como fez o americano Valeri Liukin, treinador-chefe da seleção brasileira.

Foi a terceira lesão no joelho que Rebeca sofre em um intervalo de apenas quatro anos. Será um grande desfalque tanto no Pan quanto no Mundial de Stuttgart, marcado para outubro, quando o Brasil buscará a vaga olímpica.

Mais do que isso, é preciso saber como ela conseguirá voltar no ano que vem. Para o bem da ginástica e do esporte olímpico do Brasil, tomara que mais uma vez, dê a volta por cima.

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