Nunca a expressão “começar do zero” vem tão a calhar como para o tênis brasileiro após a eliminação diante da Bélgica, pela primeira fase da Copa Davis.
O confronto, encerrado neste sábado (3), em Uberlândia (MG), estava preparado para celebrar um triunfo do Brasil. Diante de uma equipe belga recheada de reservas, jogando em um piso mais amigável aos brasileiros (saibro) e com a torcida a favor. Todo o script da vitória estava escrito. A realidade, contudo, foi bem diferente.
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A derrota por 3 a 1 no confronto foi um vexame, não é possível encontrar termos mais amenos. E nem mesmo com a presença de seus maiores duplistas, Bruno Soares e Marcelo Melo, acabou funcionando.
Tudo isso justamente em um momento em que a tradicional Copa Davis vive sua primeira edição remodelada. O sistema que até o ano passado reunia as 16 melhores equipes em confrontos mata-matas, foi deixado de lado. Agora, após uma primeira fase de partidas, os 12 vencedores se juntarão aos quatro semifinalistas de 2018 e mais dois convidados. As 18 seleções disputarão uma fase final em novembro, na cidade de Madri (ESP).
Para uma entidade como a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) vive um momento de indefinição quanto à continuidade de seu patrocínio com os Correios, ter a presença do Brasil na fase final da Davis seria fundamental para atrair novos apoiadores.
Um sinal de que a derrota diante dos reservas belgas abalou as estruturas é que o o técnico João Zwetsch, que há nove anos ocupava o cargo de capitão do time brasileiro da Davis, entregou o cargo ainda no sábado à noite.
O fato é que o tênis brasileiro precisa repensar o seu futuro. Não é mais possível viver de talentos isolados que aparecem de tempos em tempos. Tem sido assim desde os tempos em que Thomaz Koch brilhava nas quadras internacionais, nos anos 60.
Os cartolas brasileiros foram tão incompetentes que não conseguiram capitalizar a seu favor o período em que Gustavo Kuerten colocou o Brasil entre os gigantes do mundo.
O ultimo grande destaque individual do país, Thomaz Bellucci ocupa hoje o 223º lugar no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Já foi o 21º melhor do mundo. O melhor do Brasil atualmente é Thiago Monteiro, que está em 107º.
Que o vexame contra a Bélgica tenha como saldo positivo abrir um caminho menos nebuloso para o tênis brasileiro.
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