Um dos bons legados que a Rio-2016 deixou para o esporte brasileiro, Hugo Calderano comemora um final de ano especial. Principal nome do tênis de mesa nacional, ele vem colecionando grandes resultados: o nono lugar na Olimpíada e inédito vice-campeonato na etapa da Áustria do circuito da ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa). Nesta quinta-feira, foi confirmado que ele fechará a temporada com a 21ª posição do ranking mundial. O brasileiro está perto, porém, de superar uma marca que dura 60 anos no tênis de mesa do Brasil.
Se prosseguir nesta fase de evolução nas próximas temporadas, não será surpresa se em breve Calderano alcançar o melhor ranking internacional na história do tênis de mesa do Brasil. O brasileiro que teve a posição mais destacada na lista da ITTF foi Ivan Severo, 16º lugar em 1957. Depois, vem Ubiraci da Costa, o Biriba, 19º colocado ao final da temporada de 1961.
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Segundo a CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa), os antigos rankings da ITTF, a partir de 1928, possuem critérios pouco claros. “Tem lista em que as posições foram dadas por honrarias, outras, pelo desempenho em determinado campeonato ou, até mesmo por votação. Entre 1987 e 2000, são um pouco mais organizadas. Mas além de só mostrarem o top 10, em algumas só aparece o nome do país”, diz a CBTM.
Pelo que vem mostrando nas duas últimas temporadas, Hugo Calderano conseguirá deixar o feito de Ivan Severo para trás e chegar ao menos no top 15 mundial. Seria um feito tremendo para o Brasil, sem tradição na modalidade, dominada pelos chineses. No último ranking masculino, os quatro primeiros lugares são ocupados por jogadores da China.
Aos 20 anos, Hugo Calderano é um prodígio no tênis de mesa. Medalha de bronze na Olimpíada da Juventude de 2014 em Nanquim, o carioca que integra o cliube TTF Ochfenhansen (ALE) foi medalha de ouro individual e por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015.
Assim como Thiago Braz (atletismo) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Hugo Calderano pode ser incluído no saldo positivo do esporte brasileiro após a Rio-2016.