Santiago – Brasil e Estados Unidos se enfrentam na tarde deste domingo (28), às 17h, numa disputa direta pela vaga entre os semifinalistas do hóquei sobre a grama dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. Apesar de entender o favoritismo da equipe dos EUA, o técnico da seleção Cláudio Rocha não eleva a tarefa para o nível de impossível. As razões estão na própria campanha do Pan, mais especificamente na partida de estreia que a equipe fez contra o Canadá.
“É factível. O Canadá, historicamente e pelo ranking, é a segunda força das Américas e fizemos um jogo bom. Poderíamos ter empatado se aproveitássemos um pouco mais o córner. Contra os Estados Unidos é parecido. Creio que está um degrau abaixo do Canadá, então é ‘jogável’. Eles são favoritos, têm mais rodagem, mais experiência nesse tipo de campeonato, mas temos chances de passar para a próxima fase”, afirmou Cláudio Rocha, logo após a vitória brasileira sobre Trinidad e Tobago pela segunda rodada da fase de classificação.
“Começamos muito bem (contra Trinidad e Tobago) e fizemos o que tínhamos planejado, conseguimos surpreender nos primeiros minutos e abrir 2 a 0. Só que a gente baixou de intensidade e entrou no jogo deles, de muito ida e volta, ida e volta. Deixamos o jogo um pouco instável. Quando fez 2 a 1, o time descontrolou um pouco defensivamente, mas conseguimos chegar. Temos de dar uma melhorada por conta dos Estados Unidos. Estamos com o mesmo número de pontos deles, mas passam dois.”
Cabeça a cabeça
A seleção brasileira de hóquei sobre a grama está no Grupo B e ocupa a terceira colocação, com três pontos. Somente os dois melhores avançam para as semifinais, com os dois melhores do Grupo A. O Canadá venceu as dois primeiras, soma seis pontos e já está com vaga garantida entre os quatro melhores do Pan. Os Estados Unidos e o Brasil têm três pontos cada, ambos por vitórias sobre Trinidad e Tobago, mas os EUA levam vantagem no saldo de gols. Daí a necessidade de os brasileiros derrotarem os estadunidenses. Trinidad e Tobago tem zero ponto e está eliminado. No Grupo A, também após duas rodadas, a Argentina lidera com seis, Chile e México têm três cada e o eliminado Peru está zerado.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIKTOK E FACEBOOK
“Teoricamente é para ser a quinta força das Américas, mas nosso objetivo é ficar entre os quatro. Depois do jogo contra o Canadá e a vitória hoje, é uma situação factível. É difícil? Pra caramba, mas temos condições”, completa Cláudio Rocha, projetando o duelo direto contra os EUA pela vaga na semifinal do hóquei sobre a grama do Pan de Santiago.
Reforço estrangeiro
A seleção tem cinco jogadores com fortes ligações com países estrangeiros. Yuri van der Heijden e Patrik van der Heijden têm dupla nacionalidade por serem filhos de mãe brasileira e pai holandês. Adam Imer e Joaquín Lopez são australiano e argentino, pela ordem, ambos casados com brasileiras. E Stéphane Vehrle-Smith é nascido em Recife e adotado por mãe francesa e pai inglês. “Tem um pessoal no Brasil, que treina em seus estados, jogam os campeonatos, e o pessoal que mora e joga fora. Então fizemos um período de treinamentos aqui no Chile em maio e junho, por 22 dias, e em agosto passamos 12 dias na Holanda. Todos juntos”. O grupo chegou no Chile no dia 10 de outubro.