Algodão, Wlamir, Edson Bispo, Amaury e Blatkauskas: geração de ouro |
No final de semana que ficará marcado pela notícia de que Ronaldo anunciará nesta segunda-feira sua despedida do futebol e que os garotos da seleção brasileira sub 20 conquistaram de maneira brilhante a vaga para as Olimpíadas de Londres-2012 e o título do Campeonato Sul-Americano do Peru, um fato praticamente passou em branco da atenção da grande mídia: a morte de Edson Bispo dos Santos, campeão mundial de basquete em 1959 e duas vezes medalhista olímpico, com os bronzes nos Jogos de Roma (1960) e Tóquio (1964).
Edson Bispo tinha 75 anos e morreu na madruga do último sábado no Instituto Dante Pazzaneze, em São Paulo, após sofrer um enfarte. Seu corpo foi cremado neste domingo, no Crematório da Vila Alpina. Carioca, nascido em 27/5/1935, Edson Bispo começou a carreira no Vasco e depois atuou no Corinthians, Palmeiras e Hebraica, o último clube onde atuou.
Como treinador, Edson Bispo dirigiu a seleção brasileira masculina, onde foi campeão pan-americano de 1971, sexto colocado no Mundial de Porto Rico, em 1974 e medalha de bronze no Pan-Americano do México, em 75. Ele era também o técnico na campanha do Pré-Olímpico de 1976, em Hamilton, quando o Brasil ficou fora do torneio olímpico de basquete pela primeira vez na história.
Em dezembro de 2010, durante uma homenagem aos medalhistas das Olimpíadas de Roma, o grande Wlamir Marques (na foto acima, com Edson Bispo) tomou o microfone e deu uma cobrada na Confederação Brasileira de Basquete (CBB). “Estamos morrendo. Não esperem 50 anos para fazer homenagem. Tem de ser de dez em dez anos, no máximo”.
Infelizmente, a profecia de Wlamir Marques está se confirmando.