Giovana Pass/Zíngaro de Lyw, João Victor Marcari Oliva/Xiripiti TVF, Leandro A. Silva/Di Caprio e Pedro Tavares de Almeida/Aoleo formam o Time Brasil que representará o país nos Jogos Equestres, em setembro, nos Estados Unidos.
A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) definiu o Time Brasil de Adestramento para os Jogos Equestres Mundiais 2018 entre 11 e 23/9, em Tryon, nos EUA, depois da realização de cinco qualificativas no Brasil e observar outras cinco na Europa. Habilitaram-se a vaga na equipe para o Mundial os conjuntos que atingiram o índice de qualificação técnica exigido pela Federação Equestre Internacional (FEI) que é de 66% na nota média final e de um juiz nível 5*, em no mínimo dois Grand Prix em CDIs – Concurso de Dressage Internacional de 3* a 5*.
Em 2017 foram realizadas três qualificativas (junho e outubro na Sociedade Hípica Paulista e em novembro na Sociedade Hípica Brasileira, no Rio de Janeiro); e outras duas em 2018 (abril no Centro Hípico de Tatuí/SP e em julho na Sociedade Hípica Paulista). O único conjunto que se qualificou na Europa foi João Victor Marcari Oliva/Xiripiti TVF.
A chefe de equipe é Sandra Smith de Oliveira Martins, diretora de Adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). A equipe de Adestramento Paraequestre também está oficialmente definida. Os integrantes das equipes das demais modalidades também serão divulgados nos próximos dias.
OS ATLETAS
JOÃO VICTOR MARCARI OLIVA monta Xiripiti TVF (Lusitano)
O paulistano de 22 anos é o principal nome da modalidade da atualidade no Brasil. Foi o melhor resultado do país nos Jogos do Rio 2016 e em uma Final da Taça do Mundo de Dressage, em 2017, em Omaha, Estados Unidos. Integrou a equipe medalha de bronze no Pan-americano de Toronto 2015, e de ouro no Campeonato Sul-americano (Odesur) do Chile em 2014, onde também foi ouro individual. Estreou nos Jogos Equestres Mundiais em 2014, na Normandia, França, apresentando o melhor resultado da equipe.
João Victor conquistou o Prêmio Brasil Olímpico promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro quatro anos consecutivos (de 2014 a 2017). Atleta militar desde 2015 (Sgtº Oliva) foi condecorado pelo Exército Brasileiro em 2017 com a Medalha do Mérito Desportivo Militar, a maior honraria concedida pelas Forças Armadas a atletas.
João Victor Oliva competiu pela primeira vez com Xiripiti TVF em fevereiro deste ano, e nos cinco CDIs que participou entre março e julho registrou índices, quatro deles em Portugal (Abrantes, em março; Alter do Chão, em abril; Companhia das Lezírias e Cascais, em maio; e no CDI4* Dressage Grand Ducal de Luxemburgo, em julho).
LEANDRO APARECIDO SILVA monta Dicaprio (Oldenburger)
Matogrossense de Cáceres radicado em Ibiúna (SP), o cavaleiro de 42 anos representou o Brasil nas Olimpíadas de Pequim 2008, e em três Pan-americanos: na equipe medalha de bronze em Toronto 2015, onde ficou em 6º lugar no individual; nos Jogos de Guadalajara 2011 (4º por equipe) e em Santo Domingo 2003. Integrou o time medalha de ouro no Sul-americano do Chile 2014, onde foi bronze individual.
Leandro Silva/Di Capiro registrou três índices, dois nos CDIs3* da Sociedade Hípica Paulista (junho/2017 e julho/2018 e na Sociedade Hípica Brasileira, no Rio de Janeiro, em novembro de 2017).
GIOVANA PASS monta Zíngaro de Lyw (Lusitano)
Caçula do time de Adestramento nas Olimpíadas do Rio 2016, Giovana Pass, 20 anos, de Susano (SP), tem representado o Brasil em concursos nacionais e internacionais em Portugal e Espanha, e pela segunda vez integra a equipe brasileira. Giovana Pass/Zingaro de Lyw conquistou vaga no time depois de registrar três índices, dois deles em CDIs3* na SHP (junho e outubro/2017) e no CDI3* do 3º IRDM em Tatuí/SP 2018)
PEDRO TAVARES DE ALMEIDA monta Aoleo (Lusitano)
É a terceira vez que o cavaleiro paulistano de 24 anos integra a equipe brasileira de Adestramento. Estreou nos Jogos Equestres Mundiais da Normandia, na França, em 2014; depois, nas Olimpíadas do Rio 2016 e volta ao Mundial em 2018.
Pedro Almeida/Aoleo soma dois índices, registrados em 2018: no CDI3* do 3º IRDM em Tatuí (SP), em abril, e no CDI3* da SHP em julho.
O Adestramento nos Jogos Equestres Mundiais
Serão quatro dias de competição com a realização de três provas: Grand Prix – dividido em dois dias -, Grand Prix Special e Grand Prix Freestyle.
Na quarta-feira, 12/09,acontece o Grand Prix válido como qualificativa individual e por equipe. Na quinta-feira, 13, o Grand Prix define o pódio por equipe. Na sexta-feira,14, o Grand Prix Special qualificativa para o pódio individual; e no domingo, 16, o Grand Prix Freestyle define o pódio individual.
O Júri
Definido pela Federação Equestre Internacional (FEI), o júri para o Adestramento conta com sete titulares, um reserva, um delegado técnico e um comissário chefe. Anne Gribbons, sueca de nascimento mas que representa os Estados Unidos, será a presidente do júri que contará com Mariette Sanders-Van Gansewinkel (Holanda), Andrew Gardner (Grã Bretanha), Katrina Wuest (Alemanha), Annette Fransen Iacobaeus (Suécia), Hans-Christian Matthiesen (Dinamarca) e Susan Hoevenaars (Austrália) . Thomas Lang, da Áustria, é o juiz reserva; a canadense Cara Whitham será a delegada técnica e Elisabeth Williams, dos Estados Unidos, a steward chefe. Outra americana, Elisabeth Williams, será a representante do Adestramento no Comitê de Recursos.
Sobre os Jogos Equestres Mundiais
Esta é a 8ª edição do evento, considerado a “Copa do Mundo” do cavalo. Os Jogos Equestres Mundiais (World Equestriam Games – WEG- na versão em inglês) serão realizados entre 11 e 23 de setembro no Tryon International Equestrian Center, em Mill Spring, Carolina do Norte, Estados Unidos.
Realizado a cada quatro anos, o evento reúne atletas de todos os continentes que competem nas oito modalidades que fazem parte da FEI: Adestramento (Dressage), Atrelagem, Concurso Completo de Equitação (CCE), Enduro, Paraequestre, Rédeas, Salto e Volteio. É feito um revezamento de países para sediar os Jogos, e esta é a segunda vez que acontece nos Estados Unidos: a primeira delas foi em 2010, quando a 6ª edição teve como palco Lexington, Kentucky, ocasião em que pela primeira vez o Adestramento do Brasil participou como equipe.