8 5
Siga o OTD

Paris 2024

Família de Sérgio Oliva se emociona com competição

Irmão gêmeo e mãe de cavaleiro estiveram presentes na prova individual grau I da Paralímpiada

Sérgio Flávio e Maria José Froes Foto: Camila Nakazato/Olimpíada Todo Dia
Foto: Camila Nakazato/Olimpíada Todo Dia

Versailles, França – O cavaleiro Sérgio Oliva, duas vezes bronze em Jogos Paralímpicos, competiu na manhã desta terça, 3, no Château de Versailles. Com a montaria Milenium, o brasileiro terminou na 16ª colocação geral da disputa individual grau I do hipismo adestramento. Mas na arquibancada, o brasiliense contou com torcida especial: a Mãe, Maria José, e o irmão, Flávio, se emocionaram muito após a prova. A família se reuniu com lágrimas nos olhos após passagem do cavaleiro pela imprensa. A emoção de competir mais um Jogos Paralímpicos atingiu em cheio os três.

+Gostou do estilo dos atletas? Clique aqui e compre os uniformes do Brasil de Paris-2024

Trigêmeos Froes

Sérgio não é só atleta paralímpico e medalhista. O brasiliense é irmão de Flávio e Eduardo, e são trigêmeos. Nascidos em 17 de agosto de 1982, Sérgio foi o único que passou por falta de oxigenação na incubadora e teve paralisia cerebral, que comprometeu os movimentos da mão esquerda e perna direita. Mais tarde, aos 13 anos, ele sofreu acidente, em que lesionou nervos da axila e perdeu os movimentos também do braço direito. O hipismo entrou na sua vida assim, como forma de terapia.

Diferente de Sérgio, nenhum dos irmãos decidiu por tentar o hipismo. “Eu gostava de correr, de nadar. Hoje em dia eu pedalo, gosto de tênis também, então assim, eu gosto de esporte, mas hoje em dia eu deixo a parte competitiva para o Sérgio”, brincou Flávio após assistir ao irmão competir em Versailles.

Mãe auxilia, mas deixa palpites para técnicos

A mãe do trio, Maria José, está na Vila Paralímpica ao lado do filho Sérgio como sua auxiliar. Ela o acompanha em toda a rotina durante os Jogos Paralímpicos. “Eu ajudo o Sérgio em todas as competições, uma vez que ele demanda auxílio para algumas necessidades e eu normalmente estou por perto”, contou Maria José, que avisou deixar os “pitacos” para os treinadores do filho e foca apenas no bem-estar do filho. “A gente acha que entende, mas deixo essa parte com os técnicos dele”, finalizou satisfeita, antes de correr para enfim ajudar Sérgio após a longa competição.

Formada em Jornalismo pela Unesp-Bauru, participou da Rio-2016 como voluntária, cobriu a Olimpíada de Tóquio-2020 a distância e Paris-2024 in loco pelo Olimpíada Todo Dia; hoje coordena as Redes Sociais do OTD.

Mais em Paris 2024