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Hipismo

Yuri Mansur mira Paris 2024 com a égua Miss Blue Mystic Rose

Vindo de bons resultados com Miss Blue Mystic Rose, Yuri Mansur almeja Paris 2024 com a jovem égua

Yuri Mansur e Miss Blue Mystic Rose Paris 2024
(Foto: Luis Ruas)

A qualidade do cavalo Brasileiro de Hipismo (BH) pode ser equiparada aos melhores criatórios do mundo, em boa parte graças a técnicas como inseminação artificial (IA) e/ou transferência de embrião. Esse também é o caso da égua Miss Blue Mystic Rose (IA), uma filha do consagrado garanhão Chacco Blue em Magnolia Mystic Rose, nascida em 2003. Ela está em ascensão no circuito top europeu, na condução do cavaleiro olímpico Yuri Mansur.

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“Monto a Miss Blue Mystic Rose desde de maio de 2022: foi meu presente de aniversário. A viagem foi longa, pois ela teve que sair do Brasil, ir para os EUA, onde ficou um bom tempo”, conta Yuri Mansur, atual número 65 do mundo, segundo melhor brasileiro no ranking mundial.

Bons resultados

Entre julho e dezembro de 2022, Yuri e Miss Blue Mystic Rose largaram em 22 provas, começando a 1.30m até 1.45m, sempre com bom desempenho. Agora em janeiro de 2023, competindo no CSI-W5* de Basel, a dupla emplacou dois top-4 a 1.45m, em meio a elite do hipismo mundial.

Yuri Mansur Miss Blue Mystic Rose
Yuri Mansur e Miss Blue Mystic Rose (Foto: Luis Ruas)

“A Miss é impressionante, pelos resultados que vem fazendo, considerando sua condição física devido ao período de seis meses de viagem. Então eu acho que qualquer resultado é muito expressivo. Tenho plena convicção que ela é o meu cavalo para a próxima Olimpíada em Paris”, diz Yuri.

“Obviamente, espero contar com o QH Alfons Santo Antonio e Vitiki como opções, mas se tudo seguir o caminho normal acho que estará pronta para disputar a Olimpíada. O tempo é apertado, ela é pouco experiente e completa 10 anos no final do ano, então pela idade dos cavalos europeus tem 9 anos. Realmente precisar dar tudo certo no caminho de evolução dela. Mas esse é o plano”, continua.

O caminho

Como concursista, integrante do Time Brasil em Olimpíadas, Mundiais e Copas do Mundo, e especialista na formação de cavalos, Yuri Mansur aponta os principais pontos a serem considerados para evolução de um cavalo novo no hipismo.

Yuri Mansur no Grand Prix de La Baule hipismo saltos
Yuri Mansur e Vitiki (Foto: Laurine Eranossian)

“Primeiramente, acho que o adestramento, a base do trabalho de plano, é muito importante, sempre de olho no desenvolvimento físico. Por exemplo, a Miss tinha um problema de ferrageamento e a gente conseguiu acertar muito essa parte dos aprumos. É preciso entender o corpo do cavalo, trabalhar em cima das fraquezas e talentos que o todo cavalo tem e sentir o que o cavalo está te dizendo para então focar na próxima etapa. E, ao contrário do que muitos pensam, penso que, sem exageros, é importante que o cavalo esteja apto e rápido nas provas desde o início”, explica.

Metas

Ao longo de sua carreira, Yuri Mansur integrou as equipes do hipismo brasileiro em históricas conquistas. Incluem-se vitórias na Copa das Nações de La Baule 2018 e Hickstead 2017, triunfos em GPs 5*, como o recente vice-campeonato no GP Rolex 2022. Ele tem como meta terminar o ano de 2023 próximo ao ranking top 10 do mundo.

yuri mansur alfons jogos olímpicos tóquio hipismo saltos brasileiros
Yuri Mansur e Alfons nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)

“Eu acho que tenho um grupo de cavalos jovens, mas muito talentoso. O Vitiki está saltando em sua melhor forma na carreira e torço muito para que QH Alfons do Santo Antonio (com o qual garantiu o melhor resultado do Time Brasil em Tóquio 2020) volte rapidamente às competições. Se isso acontecer acho que teremos um ano muito promissor”, pontua o cavaleiro de 44 anos.

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“Quanto à Miss Blue Mystic Rose vou ouvir o que ela “vem dizendo”. Não acredito que hoje ela esteja em uma lista entre os 10 cavalos para o Pan-Americano no Chile, mas vem evoluindo muito rápido. A gente nunca sabe o que vai acontecer com um cavalo. Apesar de ter muito pouco tempo até o Pan, também ainda é um período muito longo. O plano inicial é que o Vitiki vá para o Pan e que eu use esse ano para dar experiência, conhecer a Miss e prepará-la para 2024, que realmente é o ano em que exigência será gigante”, finaliza.  

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