‘Triatl equestre’ composto das três modalidades hípicas olímpicas, o CCE (Concurso Completo de Equitação) vai invadir o fim de semana no Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo. São 85 conjuntos inscritos para competir no Campeonato Paulista e na Copa Santo Amaro de CCE, que terão o cavaleiro olímpico Márcio Appel em destaque.
No sábado (5), serão realizadas as provas do Adestramento e Salto. No domingo (6), será a vez do Cross Country. Participam atletas olímpicos, campeões brasileiros, estaduais, o campeão Junior sul-americano, atletas militares e a nova geração de praticantes.
As competições reúnem de mini-mirins a cavaleiros masters e é dividida em níveis de dificuldade que começam com 0,50 m, 0,70 m, 0,90 m, além das provas de 1, 2 e 3 estrelas, sendo essa última a mais técnica e exigente.
Do Salto ao CCE
Márcio Appel, cavaleiro de Salto por vários anos, se encantou pelo Concurso Completo de Equitação assistindo os Jogos de Londres-2012. Quatro anos depois, nos Jogos do Rio-2016, ele já fazia sua estreia olímpica e, hoje, é forte candidato a voltar a representar o Brasil em Tóquio-2020.
Ao longo dos oito anos dedicados ao esporte, Márcio Appel soma várias conquistas no CCE e também no Adestramento, onde passou a competir para aperfeiçoar sua performance nas pistas.
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Appel é um exemplo de como o CCE vem conquistando atletas de outras modalidades.
A nova geração
Competindo nas provas de níveis a partir de 0,50 m até 3 estrelas, distribuem-se mini-mirins, mirins, pré-junior, Junior e Young riders. Um dos destaques é Lucca Martins Pereira Lima, campeão sul-americano Junior que, montando Forever, vai competir no 3 estrelas, o nível de mais alto rendimento da modalidade.
Na pista também vão estar descendentes de competidores, caso dos irmãos Giovana, Valentina e Enrico, filhos do cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano Seguei Fofanoff, o Guêga, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Potência do esporte na América do Sul
Introduzido no país em 1922 pelo Exército Brasileiro, com o objetivo de preparar cavalos para a guerra e praticado exclusivamente por militares por seis décadas, o Concurso Completo de Equitação ganhou a simpatia dos civis a partir da década de 1980, em especial dos cavaleiros que praticavam o hipismo rural.
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Nos anos 1990, o Brasil conquistou o status de maior potência da modalidade na América do Sul, condição que mantém. Já são oito participações em olimpíadas desde 1948. Sete pan-americanos, onde soma oito medalhas entre ouro, prata e bronze; Campeonatos Sul-americanos, onde o Brasil é o país que mais títulos conquistou na competição, e nas oito edições dos Jogos Equestres Mundiais, desde 1990.