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Hipismo

Brasil tem bons resultados no salto, no CCE e no adestramento

Rodrigo Lambre foi campeão no salto, enquanto Rodolpho Riskalla dominou o adestramento paraequestre; João Oliva e Pedro de Almeida fizeram índice olímpico

Rodrigo Lambre e Catover a caminho da vitória - salto - hipismo brasil
Rodrigo Lambre e Catover a caminho da vitória nos Estados Unidos (Foto: Sportfot)

O hipismo brasileiro colecionou bons resultados no último final de semana. Rodrigo Lambre foi campeão no salto na oitava etapa do Winter Equestrian Festival, nos Estados Unidos, enquanto em Portugal João Victor Oliva e Pedro Tavares de Almeida conquistaram índice olímpico no adestramento. No Concurso Completo de Equitação , cavaleiros candidatos a uma vaga no Time Brasil também foram bem em solo português. E no Internacional Paraequestre em Doha, no Quatar, Rodolpho Riskalla dominou a competição.

Lambre é campeão no salto

No último domingo (01), Rodrigo Lambre subiu no lugar mais alto do pódio do GP Premier Equestrian no CSIO4*, a 1.55m, no Palm Beach International Equestrian, encerrando a oitava das 12 semanas do Winter Equestrian Festival, em Wellington (EUA).

Dos 50 conjuntos top mundiais, oito habilitaram-se ao desempate. O brasileiro, medalhista de ouro no Pan 2019, e sua montaria Catover foram o último conjunto em pista, garantindo a vitória sem faltas em 37s737.

“O Catover é incrível”, destacou Lambre, se referindo ao garanhão holsteiner de 11 anos, filho de Catoki em Contact Me. “Eu monto ele desde os oito anos de idade e venho treinando com ele mais intensamente desde outubro, visando preparação em busca uma vaga no Time Brasil em Toquio 2020. Estar em Toquio é um sonho para todos. Garantir uma vaga na equipe é difícil para todos os países, mas ainda temos muitas Copas das Nações e GPs pela frente. Estou animado”, garantiu o vencedor.

O Winter Equestrian Festival, maior e mais longa competição equestre do hipismo mundial, segue até 29/3 e distribui mais U$ 13 milhões em premiação, dos quais 214 mil no GP Premier Equestrian.

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Destaques no adestramento olímpico e paralímpico

No sábado (29), os brasileiros João Victor Oliva, com F-Aron de Massa, e Pedro Tavares de Almeida, montando Xaparro do Vouga, garantiram índice olímpico no Concurso de Adestramento Internacional CDI3* Cascais, no Centro Hípico da Costa do Estoril, em Portugal.

João Victor e F-Aron da Massa registraram a média final de 68,217% de aproveitamento e 69,565% na avaliação do juiz 5* dinamarquês Leif Tornblad, fechando em 10º lugar. Conforme critério da Federação Equestre Internacional, o índice de qualificação olímpica é de no mínimo 66% na média final e ainda necessariamente a mesma média mínima junto a um juiz 5* em dois concursos distintos.

João Victor e F-Aron da Massa têm boa atuação no CDI3* de Cascais (Foto: Reprodução/ Rui Pedro Godinho)

Com esse resultado, João Victor com F-Aron de Massa foi o primeiro conjunto brasileiro a garantir o 2º índice e a qualificação olímpica. A dupla registrou o primeiro índice no CDI3* de Le Mans, na França, em outubro de 2019. Pedro e Xaparro do Vouga registraram 66% de média final e 66,848% junto ao juiz 5* Tornblad, garantindo assim seu 1º índice olímpico e a 16ª colocação. A vitória foi do francês Arnaud Serre com Vistoso, 71,739, pela França. O Brasil tem direito a uma vaga individual no Adestramento nos Jogos Olímpicos Toquio 2020.

Já no Internacional Paraequestre – CPEDI3* CHI Al Shaqab, em Doha no Quatar, Rodolpho Riskalla representou bem o Brasil ao lado de sua nova montaria, Don Frederic. O cavaleiro, que disputa adestramento clássico e paraquestre, e está qualificado para os Jogos Paralímpicos Toquio 2020, dominou o placar com três vitórias no grau I.

Na quinta-feira (27), Rodolpho e Don Frederic, recém adquirido para sela do cavaleiro pela brasileira Tania Loeb, venceu a reprise por equipes com 74,500%. Já na sexta-feira (28), a dupla faturou o a individual, 74,559%, e no sábado (29), fechou a rodada com 100% de aproveitamento totalizando 76,875% na média final do Freestyle.

“O Don Frederic está super bem, ganhei os três dias e estou feliz demais. Essa foi nossa primeira viagem para o Exterior e ele se portou muito bem nesse estádio grande aqui em Doha, inclusive no Freestyle, com a música”, comentou Rodolpho, 35, que mora e treina em Paris. “Agora meu próximo concurso é o Internacional de Adestramento Horses & Dreams em Hagen, na Alemanha, e em seguido disputo um Internacional Paraquestre em Mannheim, também na Alemanha.”

Rodolpho e Don Frederic tiveram 100% de aproveitamento (Foto: Stefano Grasso)

Rodolpho, disputou sua primeira Paralimpíada na Rio 2016, menos de um ano após perder a parte inferior das pernas, os dedos de uma mão e parte da outra, devido a uma meningite bacteriana. Na ocasião fechou em 10º lugar. Dois anos depois, o cavaleiro – que monta desde a infância – garantiu duas medalhas de prata na modalidade Paraequestre nos Jogos Equestres Mundiais 2018 nos EUA, competição que acontece a cada quatro anos. Em Toquio 2020, o Time Brasil Paraquestre contará com dois cavaleiros: Rodolpho e Sérgio Froes Oliva, que disputa o Grau I.

CCE se prepara para qualificativa olímpica

No primeiro Concurso Completo de Equitação Internacional – CCI3* Short em Barroca D´Alva, em Portugal, valendo como preparação de candidatos a uma vaga no Time Brasil de Salto, o saldo foi positivo. Marcelo Tosi e Starbucks sairam na liderança após a prova Adestramento com 73,52% de aproveitamento equivalente a  apenas 26,5 pontos perdidos (pp), registraram 8 pp no salto (2 faltas) e zeraram o cross com somente 7,2 pp por ultrapassar o tempo concedido. Já Marcio Appel e seu Iberon JMen fecharam o adestramento com 61,94%, ou seja, 38,1 pp, zeraram no salto e, assim como no cross country, com somente 5,2 pp por ficar acima da faixa de tempo. Assim Marcelo fechou em 9º lugar com 41,7 pp e Marcio foi 14º, 43,3 pp entre um total de 53 conjuntos.

Ruy Fonseca, que ao lado de Carlos Parro, o Cacá, Marcelo Tosi e Marcio Appel, integrou o Time Brasil medalha de prata no Pan 2019, retornou às competições após a queda que sofreu durante os Jogos em Lima. Ruy e seu Ballypatrick competiram no CCI2* Short registrando 64,09% no adestramento (35,9 pp) e pista limpa no salto e cross country, também sem faltas e apenas 0,4 po por ficar acima da faixa de tempo. A dupla fechou em 13º lugar totalizando 35,9 pp entre um total de 48 participantes.

Esta semana, entre os dias 05 e 08, Marcelo Tosi e Marcio Appel disputam o Internacional – CCI4* Long, em Barroca D´Alva, válido como qualificativa olímpica. O Brasil garantiu a vaga olímpica com a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos 2019 e cumpriu o requisito de três conjuntos com dois índices olímpicos (NOC Certificate of Capability) para manter a vaga que tinha prazo até dia 31 de dezembro de 2019.

Agora, até o dia 01 de junho, os candidatos a vaga no Time Brasil de CCE em Toquio precisam ter índices em um 5* ou dois em um 4* curto e longo. Lembrando que no Pan, o nível era 3*. As equipes do hipismo na Olimpíada passaram a ter três integrantes cada e um reserva – antes eram 4 titulares e um reserva – e na competição em todas as modalidades do hipismo não exisitirá mais a possibilidade do descarte de um dos resultados.

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