Oito atletas que defendem a seleção brasileira de handebol divulgaram um documento nesta segunda (23) exigindo a renúncia do presidente da CBHb
Oito atletas das seleções masculina e feminina de handebol divulgaram um documento nesta segunda-feira (23) em que exigem a renúncia imediata do presidente da Confederação Brasileira da modalidade, Manoel Luiz de Oliveira.
A petição é assinada por Bruno Carlos de Oliveira, Gil Vicente de Paes Pires, Duda Amorim, Patrícia Scheppa, Felipe Borges Dutra Ribeiro, Alice Fernandes da Silva, Thiagus Petrus e Bárbara Arenhart. O documento reúne atletas do handebol tradicional e das equipes de areia após o anúncio do fim do patrocínio do Banco do Brasil à entidade.
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“Não estamos satisfeitos com a gestão e nos últimos tempos temos visto a imagem do handebol apenas relacionada a questões judiciais e, consequentemente, a perdas de patrocínio e credibilidade, em vez de vermos divulgados nossos êxitos esportivos”, justifica a comissão de atletas.
Manoel Luiz de Oliveira comanda a entidade há mais de 28 anos. No entanto, ele foi afastado por decisão da Justiça Federal no início do mês por irregularidades no uso de R$ 21 milhões de dinheiro público. Na semana seguinte, o Banco do Brasil resolveu não renovar o contrato de patrocínio, que tem vigência até 30 de maio de 2018.
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“Perante esses eventos ocorridos, nós atletas somos tomados por um sentimento forçoso de extrema consternação e angústia a respeito do rumo e futuro do nosso amado esporte”, diz a comissão. A renúncia, de acordo com o documento, desvincularia a figura do presidente da CBHb e dos atletas e pessoas envolvidas para iniciar uma reestruturação.
“Cientes que o handebol brasileiro precisa de uma reestruturação e de um novo planejamento para recuperar nosso crescimento e credibilidade junto aos patrocinadores, em especial o Banco do Brasil, solicitamos a renúncia imediata do sr. presidente Manoel Luiz de Oliveira”, concluem os atletas.
Em entrevista ao blog Olhar Olímpico do UOL, Thiagus Petrus explicou que o movimento dos atletas, apesar de tardio, ainda é relevante. “Um primeiro passo fundamental para mudar o panorama do histórico recente da Confederação seria estabelecer um limite para reeleição e rever o modelo federativo. Esse o modelo que que desequilibrado, que ademais favorece a perpetuação de dirigentes no comando das instituições esportivas no Brasil por longos períodos, no nosso caso o Manoel Luiz”, afirmou.