O dinamarquês Morten Soubak anunciou nesta sexta-feira, logo depois do massacre sobre o Uruguai por 30 a 11, que a partida deste sábado, às 11h da manhã, contra a Eslováquia, que decide o Torneio Quatro Nações, será o último dele no comando da Seleção Brasileira pela qual foi campeão mundial de handebol feminino em 2013.
“Sim, nesta semana eu disse para as meninas que é meu último campeonato com a seleção. É isso. Eu agradeço às jogadoras, todo mundo no Brasil, foi uma passagem bonita, muito feliz. É isso, esse é o último passo que faço com a seleção. Eu tenho um contrato que acaba no fim do ano e é isso. Já falei várias vezes que eu já virei brasileiro, mas agora é diferente, talvez um dia eu esteja de volta para o Brasil. Quem sabe? Mas esse período acaba agora. Eu não tive a procura nem proposta da Confederação, então era um sinal que era o fim mesmo. Se eles quisessem ficar comigo, eu teria recebido uma ligação”, afirmou o Morten Soubak em entrevista ao Sportv, que transmitiu a vitória do Brasil sobre o Uruguai.
Morten Soubak confessou que tem sido estranho trabalhar nesta semana em Belém, sabendo que não continuará mais o trabalho e que está apenas cumprindo o contrato até o fim. “Claro que é uma semana estranha. Sei disso e as jogadoras também. Não há dúvida! Só tenho que desejar boa sorte para todo o handebol brasileiro. E vamos ver o que vai acontecer daqui para frente”.
A despedida de Morten Soubak tem tudo para acontecer com título. O Brasil é favorito contra a Eslováquia na partida deste sábado. O time europeu derrotou o Uruguai por 29 a 15 na quinta e nesta sexta superou Cuba por 38 a 11. Já o Brasil, antes da vitória sobre as uruguaias, havia derrotado as cubanas por incríveis 51 a 9.
Sete anos de Morten Soubak no comando da Seleção
Morten Soubak chegou ao Brasil em 1995, voltou para a Dinamarca e, depois, em 2005, retornou ao Pinheiros, onde comandou o time masculino e foi campeão brasileiro pela equipe paulista. Em 2009, assumiu a seleção brasileira feminina. Levou o time ao ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e, em 2013, atingiu o ápice de sua história no país com o título mundial na Sérvia.
Na sequência, porém, a seleção passou a oscilar bons e maus momentos. Conquistou o bicampeonato pan-americano nos Jogos de Toronto, em 2015, mas no mesmo ano acabou caindo precocemente no mundial da Dinamarca – derrota nas oitavas de final, para a Romênia. Na Rio 2016, a expectativa era por um pódio, mas a seleção feminina acabou eliminada nas quartas de final pela surpresa Holanda.