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Handebol

Em primeiro mundial como capitã, Babi aposta na força do grupo

(Cinara Piccolo/Photo&Grafia)

Goleira Babi aposta em força do grupo para a disputa do Mundial Feminino de Handebol.

A partir do dia 1º de dezembro, o Brasil disputa o Mundial Feminino de Handebol, na Alemanha. Campeã em 2013, na Sérvia, a equipe chega sempre como uma das potências a serem respeitadas pelos adversários. Desta vez, o grupo está com uma cara diferente. Sob o comando do técnico espanhol Jorge Dueñas, ganhou novas integrantes e também mudou um pouco o estilo de jogo.

Inclusive a liderança do grupo está distinta. A ex-capitã Dara, peça fundamental na conquista do ouro há quatro anos, deixou as quadras após os Jogos Olímpicos do Rio, mas o posto foi ocupado por uma substituta de peso, Bárbara Arenhart, a Babi. A responsabilidade não assustou a goleira, já veterana com a camisa verde e amarela, pelo contrário. Ela tem desempenhado a função com satisfação, buscando sempre o melhor para as companheiras dentro e fora de quadra.

“Para mim está sendo um prazer exercer a função de capitã neste grupo. Eu sinceramente não sinto nenhuma diferença entre o antes e depois dessa função porque nós sempre buscamos trabalhar com transparência e democracia. É tudo uma questão de conversar para que nós todas consigamos trabalhar na mesma linha de pensamento. As meninas sempre me passam algumas necessidades especiais ou alguma coisa que elas acreditam que precise de alguma mudança. A comunicação com a comissão também tem sido tranquilo até agora”, descreveu a gaúcha, que quando não está com a Seleção atua no clube húngaro Vaci NKSE.

As mudanças na composição da equipe com relação aos últimos anos não tem sido um problema, segundo Babi, longe disso. As novas integrantes agregaram muitas coisas positivas e se inseriram muito bem no espírito do grupo. “Eu estava sinceramente muito preocupada antes da última fase em relação a como estaria o nosso nível como equipe, mas agora eu estou muito tranquila quanto a isso. Com certeza ainda é um grupo em formação, mas com atletas que têm muita vontade de fazer as coisas acontecerem. As jogadoras novas que chegaram têm muito talento, qualidade, e espírito de luta. Acredito que no futuro e com muito trabalho possamos conquistar muitas coisas juntas”, pontuou.

Babi destaca essa nova ‘cara’ da equipe com relação ao estilo de jogo, que com as mudanças tanto no comando do time quanto na composição, ficou um pouco diferente e pode até mesmo surpreender os oponentes. “Com certeza nosso estilo de jogo vai mudar um pouco. Temos um treinador novo, que está trazendo a filosofia de trabalho dele e isso trás mudanças em todos os sentidos. Como grupo nós temos qualidades que serão mantidas e outras características têm bastante espaço para melhora quando nos adaptarmos ao estilo de trabalho do Jorge.”

A partir desta sexta-feira (24) até domingo (26), o Brasil disputa o Carpati Trophy, na Romênia. Um torneio amistoso que conta com a presença das romenas, da Polônia e da Macedônia. A competição tem como principal objetivo a preparação final para o Mundial da categoria, com início no dia 1º de dezembro na Alemanha.

A goleira ressalta a importância desse encontro com equipes de um grande nível técnico. “Eu acredito que neste momento é muito importante que façamos o maior número de jogos possíveis para por em prática a nova filosofia e também para que todas se conheçam melhor dentro da quadra. Este torneio na Romênia vai ser um importante termômetro para vermos onde estamos em nível internacional e também para ver onde precisamos melhorar e ajustar nosso jogo para chegar ao Mundial da melhor forma possível”, explicou.

Esse será o primeiro Mundial do novo ciclo olímpico, portanto, ainda está previsto muito trabalho pela frente e certamente evolução até chegar a Tóquio 2020. “Agora mesmo não estamos nos pressionando muito em relação a resultados. Tudo é novo e possível. Com certeza, vamos dar o nosso melhor e lutar para chegar o mais longe possível. Temos chances de ir muito bem, mas os resultados virão em longo prazo”, finalizou.

Programação – Carpati Trophy

*Horários de Brasília

Sexta-feira (24)

13h – Macedônia x Brasil

15h – Romênia x Polônia

Sábado (25)

10h – Brasil x Polônia

12h – Romênia x Macedônia

Domingo (26)

10h – Macedônia x Polônia

12h – Romênia x Brasil

Seleção Feminina

Goleiras – Bárbara Arenhart (Club Vaci NKSE-Hungria), Gabriela Moreschi (Larvik Handball Klubb-Noruega) e Mayssa Pessoa (Club Rostov Don-Rússia).

Armadoras – Deonise Fachinello (CS Magura Cisnadie-Romênia), Eduarda Amorim (Gyori Audi ETO-Hungria), Karoline Souza (Club Vaci NKSE-Hungria) e Pagricia Batista da Silva (Thuringer-Alemanha).

Centrais – Ana Paula Rodrigues Belo (Club Rostov Don-Rússia), Danielle Jóia (Pinheiros-SP) e Patrícia Matieli Machado (Vistal Gdynia-Polônia).

Pontas – Dayane Pires da Rocha (São Bernardo/Unip-SP), Jessica Quintino (HC Odense-Polônia), Mariana Costa (CS Magura Cisnadie-Romênia) e Samira Rocha (Kisvarda Master Good-Hungria).

Pivôs – Lígia Costa (Pogon Szczecin-Polônia), Tamires Anselmo Costa (Pinheiros-SP) e Tamires Morena-(Larvik Handball Klubb-Noruega).

Comissão técnica

Técnico: Jorge Dueñas
Supervisor: Álvaro Herdeiro
Assistente técnico: Cristiano Rocha
Auxiliar técnico: Sérgio Graciano
Médica: Pauline Buckley
Preparador de goleiros: Fausto Steinwandter
Fisioterapeuta: Marina Calister
Nutricionista: Júlia do Valle Bargieri

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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