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Tóquio 2020

Brasil perde para a França e se despede de Tóquio no handebol feminino

Com o primeiro tempo muito abaixo, Brasil é dominado pela França, tenta uma reação no 2º tempo, mas perde por 29 a 22 e é eliminado dos Jogos Olímpicos de Tóquio

Brasil x França - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Gaspar Nóbrega/COB

Tóquio – Não deu! E olha que empolgou muito. A Seleção Feminina de handebol começou a campanha nos Jogos Olímpicos de uma forma muito positiva. Empate com a Rússia e vitória sobre a Hungria. Depois, duas derrotas para Suécia e Espanha. Coube ao confronto deste domingo (01), contra a França, definir o futuro da competição. Em um jogo difícil, placar de 29 a 22 para as adversárias e o Brasil se despede de Tóquio 2020 sem passar do “grupo da morte”. 

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“A gente chegou muito confiante e estávamos jogando super bem. A gente veio determinada a avançar de fase, a ganhar uma medalha, e depois dos dois primeiros jogos essa chama se acendeu. No jogo contra a Espanha, a frustração foi enorme, porque dava para ganharmos. O que a gente não queria era enfrentar essa situação com a França, que hoje foi superior, a defesa estava uma parede”, comentou Babi Arenhart pós jogo.

Gaspar Nóbrega/COB

O jogo começou muito disputado. Jogadas estudadas para os dois lados. Nos primeiros dez minutos, poucos gols foram marcados. A igualdade no placar era sempre presente. Perto dos quinze da primeira etapa, a França aproveitou as falhas do Brasil para abrir dois de diferença: 7 a 5. E, então, manteve sempre a vantagem com os erros de ataque do Brasil. Fechando a primeira parcial em 17 a 11.

“A gente consegui produzir, chegar até o gol, mas infelizmente pecamos nas finalizações. Contra uma equipe tão forte como a França, isso não pode acontecer. Começamos muito bem a competição, mas depois começamos a cometer alguns erros que numa competição como os Jogos Olímpicos são complicados. O esporte é assim e temos que saber perder,” comentou Alê Nascimento.

A diferença de seis gols colocou a França em um retorno quase confortável. Com as bolas na trave das adversárias, o Brasil buscou a diferença e chegou a encostar: 19 a 16. Mas as francesas usaram da dianteira no placar para fazer uma segunda parcial administrada e aumentaram a vantagem para dez gols. O Brasil acreditou até o último minuto, gritavam muito, mas não deu. Final: 29 a 22 e a eliminação de Tóquio na fase de grupos. 

Gaspar Nóbrega/COB

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Futuro?

“Essa é a minha quinta Olimpíada, já estou com 39 anos. Para mim, já foi um presente participar destes Jogos junto com essa geração. O atleta tem que estar sempre se reinventando. Há cinco anos eu falo que vou parar de jogar e não consegui, só que agora chegou o momento. Quero ser mãe e agora que acabaram os Jogos Olímpicos o meu objetivo é me concentrar, pensar no meu corpo para visualizar a gravidez. Não tenho medo do futuro. Entreguei minha vida ao handebol com muita garra, amor e prazer e faria tudo de novo,” contou Alê Nascimento.

Forma de disputa do handebol feminino nos Jogos Olímpicos

Doze países, divididos em duas chaves de seis times, disputarão a medalha de ouro no Japão. Os quatro primeiros de cada grupo se classificam e enfrentam adversários do outro grupo nas quartas-de-final (sendo o primeiro colocado de um grupo contra o quarto colocado do outro e o segundo colocado de um contra o terceiro colocado de outro). A partir daí, saem os semifinalistas e finalistas.

O grupo do Brasil em Tóquio é considerado o da morte. Se a seleção mantiver a tradição recente na fase de grupos e conseguir terminar nas primeiras posições, pode fugir de um possível confronto com Holanda e Noruega, algozes do país nas duas últimas edições olímpicas.

Confira o cronograma da seleção feminina em Tóquio:

24.07 – 23h (horário de Brasília) – Brasil 24 x 24 Rússia

26.07 – 23h (horário de Brasília) – Brasil 33 x 27 Hungria

28.07 – 23h (horário de Brasília) – Brasil 23 x 27 Espanha

31.07 – 4h15 (horário de Brasília) – Brasil 31 x 34 Suécia

01.08 – 23h (horário de Brasília) – Brasil 22 x 29 França

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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