Falta pouco para a estreia da seleção masculina de handebol nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Na noite desta sexta-feira (23) no Brasil, a equipe entra em quadra para encarar a Noruega, uma das melhores seleções do mundo. Mas Haniel Langaro e Felipe Borges garantem que o torcedor brasileiro pode esperar um time bastante diferente daquele que jogou o Mundial e o Pré-Olímpico no começo do ano. Diferente e mais preparado para tentar fazer história na Olimpíada.
“A Noruega é uma das melhores seleções do mundo, tem grandes atletas e sabemos que vai ser bem dificil, assim como todas as outras equipes. Mas a gente teve muito tempo de trabalho, foram 40 dias de treino em Portugal e deu para arrumar muita coisa. A gente vem preparado e confiante. Sem dúvida, a galera pode esperar uma seleção diferente. Esperamos fazer um grande jogo e estrear com vitória”, destacou Haniel Langaro em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (22).
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“Nosso grupo é fortíssimo, com grandes favoritos, mas nosso objetivo é buscar uma medalha e fazer nosso melhor a a cada dia. A gente sabe que eles tem dificuldades com o jogo braisleiro, principalmente na defesa. Enntão por que não incomodar? Agora é momento. A gente teve problemas do Mundial, no Pré-olímpico, mas aqui todo jogo é uma final e espero que a gente possa ter o melhor desempenho”, completou Felipe Borges.
Superando obstáculos
Essas dificuldades, inclusive, foram muito importantes para que a seleção masculina de handebol chegasse mais preparada para os Jogos Olímpicos. Em Lima-2019, a equipe não conseguiu chegar à final, terminando com o bronze. Já no Mundial deste ano, casos de Covid-19 atrapalharam a preparação do time, que não passou da primeira fase.
“O resultado não foi esperado. A gente se juntou pouco tempo antes do Mundial, teve os casos de Covid e tivemos que interromper os treinos… Então uma seleção que já naõ treina muito junto, isso atrapalhou muito. Não foi o que a gente queria e temos consciência disso. Mas as quedas que a gente teve no passado, no Pan, no Mundial, servem de motivação para a gente. Dixamos a desejar, mas isso é uma motivação a mais, a gente dá um valor a mais para essa competição, para todo o nosso esforço. E estamos com um gás a mais para buscar uma medalha”, pontuou Haniel Langaro.
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Já Felipe Borges foi um dos atletas infectados pela Covid-19 e que nem pôde participar do Mundial no Egito. “Tivemos problemas, eu nem participei por causa da Covid, mais isso não tira os pontos positivos que a seleção teve. O torcedor sempre vai ver se ganhou ou perdeu, mas as pessoas tem que entender que as outras seleções tiveram mais tempo de trabalho que a gente e esses preoblemas de Covid atrapalharam. Mas isso passou como uma aprendizado para a gente. Agora tivemos um período muito maior juntos, conseguimos ajustar bastante coisa e tenho confiança que a gente vai mostrar que a seleção está pronta para jogar a Olimpíada e buscar a medalha”.
Prontos para a “guerra”
A seleção masculina de handebol está no Grupo A dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, ao lado de Alemanha, Argentina, França, Noruega e Espanha. Os quatro primeiros se classificam para as quartas de final, mas o caminho está longe de ser fácil. Ainda assim, os jogadores estão confiantes de que podem surpreender e fazer uma campanha ainda melhor que na Rio-2016, quando o time parou nas quartas.
“Sem dúvida nosso ápice foi no Rio e no Mundial de 2019. A gente apareceu para o mundo. Eu jogo com muitos atletas internacionais [no Barcelona] e hoje eles têm muito mais respeito com a nossa seleção. Temos jogadores que jogam em grandes clubes da Europa e isso traz muita visibilidade. Claro que a gente caiu um pouco nas últimas competições, mas a Olimpíada é uma grande janela para mostrar nosso handebol”, disse Haniel Langaro.
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E para Felipe Borges, a sensação é ainda mais especial. Isso porque ele ficou fora dos Jogos do Rio por causa de uma lesão e, agora, está pronto para disputar sua segunda Olimpíada. “Estou muito feliz, foi um longo caminho até aqui depois de 2016. Estar entrando na Vila agora é muiti especial. O grupo está muito fechado, bem conectado, analisando o que vai fazer. Não vai ser fácil, vais er uma guerra e faremos o máximo para que as pessoas possam continuar acompanhando handebol e que a gente possa crescer no cenário internacional. Não vim aqui para não classificar. Quero incomodar as grandes seleções e sabemos somos capazaes”, concluiu.