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Malaga, de Isabelle, derruba invicto, abre vantagem e fica perto da taça

Na Liga Europa, time da brasileira conseguiu colocar quatro gols de frente na primeira partida da final contra o Lokomotiva Zagreb, que tinha campanha de oito vitórias em oito jogos até então

Isabelle Medeiros Malaga final Liga Europeia handebol
(instagram/rinconfertilidadmalaga/arquivo)

O Balonmano Malaga, da ala Isabelle Medeiros, bateu o Lokomotiva Zagreb por 32 a 28 no primeiro jogo da final da Liga Europeia de handebol feminino. O duelo foi neste sábado (1º) no Polideportivo Ciudad Jardin, em Malaga, na Espanha, com a presença de 400 torcedores. A brasileira marcou um gol no único arremesso que fez. Foi a primeira derrota do time croata na competição, apesar de ter balançado as redes em todos os chutes que deu em gol.

A vantagem de quatro gols pode ser decisiva, pois o saldo conta como primeiro critério de desempate. A finalíssima será no dia 8, no Sport hall SD Tresnjevka, em Zagreb. Em caso de empate no saldo, passa a valer o número de gols fora de casa e, se a igualdade permanecer, a taça será decidida nos tiros de sete metros. O campeão entrará para a história não somente por levantar o troféu, mas por ser o vencedor da primeira edição do torneio.

O destaque da primeira final foi Larissa Kalaus, do time croata, com onze gols. Silvia Martin e Sara Baldomero marcaram sete em sete chutes para o Malaga, mesma performance de Ana Maria Gavric, do Lokomotiva Zagreb. Já Isabelle Medeiros, com o gol anotado, chega a 13 na Liga Europeia de handebol feminino, com destaque para os sete marcados na vitória por 30 a 21 sobre o Paok, da Grécia, no primeiro jogo das quartas de final. A equipe grega, aliás, foi a única que venceu a espanhola, na volta deste mesmo duelo, por 23 a 22.

O jogo

O time da brasileira começou com muita força e abriu 6 a 2 nos primeiros dez minutos, com o gol da Isabelle Medeiros saindo aos 7min11s, o quinto do Malaga. O Zagreb cresceu, marcou três vezes seguidas e encostou no 7 a 6 quando o cronômetro marcava 19min29s. Logo, porém, as anfitriãs recuperaram parte da vantagem colocando 11 a 8 no placar e, dali até o final do primeiro tempo, os times foram “trocando gols” até os 14 a 11 que encerraram os 30 minutos iniciais. Na primeira parcial, Larissa Kalaus já tinha cinco gols. Baldomero vinha logo atrás com quatro.

No segundo tempo, Kalaus seguiu castigando e cravou mais dois logo nos primeiros minutos. Porém Silvia Martin também matou dois e manteve o vantagem para as donas da casa, que permaneceu entre três e quatro gols até que Baldomero fez mais dois, chegou aos sete de sete, e o Malaga abriu 21 a 16 aos 43min05s. Foi a senha para o Lokomotiva Zagreb parar o jogo. O time respondeu e, com mais dois de Kalaus e um de Andrea Simada, cortou a desvantagem para 23 a 20. Na reta final, a equipe de Isabelle Medeiros conseguiu colocar sete de frente no 29 a 22, a maior vantagem até então, obrigado as visitantes a pararem o jogo a menos de seis minutos do fim. Deu certo e elas conseguiram cortar para os 32 a 28 que fecharam o confronto.

Campanhas dos finalistas

O Lokomotiva Zagreb entrou em quadra credenciado como o único a ter vencido todos os jogos que havia feito na Liga Europeia de handebol. Fez oito, batendo os adversários com uma média de quase doze gols de diferença (11,75). Tem, ainda, oito atletas da seleção daquele país, que conquistou ano passado a primeira medalha da história do país no campeonato europeu, um bronze. De quebra, ainda tem a treinadora da seleção, Nenad Sostaric. Porém, ela não pode ir a Malaga por estar se recuperando da Covid-19.

Mas o time da casa, que chegou à elite do handebol espanhol somente em 2014, também tem suas credenciais. Venceu sete dos oito jogos que disputou antes da final e faz a melhor campanha de sua história em um torneio europeu. Supera duas quartas de final seguidas da Challenge Cup nas temporadas 2017/18 e 2018/19. Os destaques da equipe são as espanholas Soledad Lopez e Silvia Arderius, vice-campeãs mundiais com a seleção em 2019.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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