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Thiagus Petrus critica mais uma mudança de treinador na seleção

Sem presidente, CBHb recebe críticas de Thiagus Petrus por nova troca no comando técnico da seleção brasileira

Thiagus Petrus Handebol Brasil Pré-Olímpico Tóquio
Capitão da seleção brasileira de handebol, Thiagus Petrus critica nova troca de treinador (Cinara Piccolo/Photo&Grafia)

Capitão da seleção brasileira de handebol masculino, Thiagus Petrus se posicionou em sua rede social nesta terça-feira (13) contra mais uma mudança no comando técnico da seleção. “Cargo virou moeda de troca”, escreveu o jogador.

Logo depois do fiasco nos Jogos Pan-americanos de Lima-2019, quando a seleção masculina ficou com o bronze e perdeu uma grande chance de garantir a vaga em Tóquio-2020, Washington Nunes foi demitido e o espanhol Daniel Gordo assumiu

Mas Daniel Gordo foi demitido em abril e Washington Nunes reassumiu a seleção em agosto. Só que o técnico ficou menos de dois meses no cargo e já perdeu o emprego para Marcus Tatá.

Na lata

Thiagus Petrus acredita que a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) erra ao tratar o cargo de técnico de forma política. “É a terceira ou quarta alteração em um ano. Tudo indica que a posição de técnico deixou de considerar as competências profissionais e esportivas, passando a ser uma posição política. É triste para o esporte e especialmente para mim”.

A declaração de Petrus ainda cita a falta de comprometimento da entidade com a seleção nacional e o respeito com o cargo de treinador. Mas ele também fez questão de deixar uma clara opinião como capitão da seleção.

“Sinceramente, eu acredito que o melhor caminho seria buscar um técnico estrangeiro que possa contribuir, efetivamente, na evolução dos jogadores e no desenvolvimento da modalidade no Brasil, como feito no passado”, apontou Petrus.

Thiagus Petrus, do Barcelona, está no Final Four da Champions League de handebol seleção técnico
Além de capitão do Brasil, Thiagus Petrus joga pelo forte Barcelona (Foto: Divulgação Barça Lassa)

Ele também citou que muitos jogadores têm medo de se pronunciar por conta de retaliações da confederação e não ser mais convocado. Mas que ele continuará a servir a seleção sempre que for chamado. E encerrou de forma pessimista.

“Continuarei lutando pelo melhor do handebol e defendendo a seleção, quando convocado, dando o máximo, como sempre fiz. Diante de toda má política em que o handebol está envolvido, vejo um cabo de guerra em diferentes partes. Não sabemos quem vai ganhar, mas sabemos quem vai perder é o handebol”, concluiu.

E a presidência da entidade

O cargo de presidente da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) é uma incógnita. Ricardo Souza, o Ricardinho, declarou-se o novo presidente da entidade. Mas ele está suspenso pelo Comitê de Ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil) por dois anos, por assédio sexual e moral.

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Caso o COB dê posse para Ricardinho, há um temor que a confederação possa ser suspensa do movimento olímpico.

Nesse imbróglio todo, a CBHb foi a única confederação que não compareceu para a eleição à presidência do COB, na semana passada. Ricardinho não apareceu, muito menos Manoel Oliveira, que assumiu a presidência em abril, trocou o treinador e foi afastado do cargo pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) em agosto.

Sem comando na presidência, CBHb também bate a cabeça na escolha do treinador que vai comandar a equipe no Pré-Olímpico de handebol em 2021, quando o Brasil vai disputar uma vaga em Tóquio-2020.

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