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Após pausa, Fernanda retorna em versão ‘mais completa’

Campeã mundial em 2013 pela seleção brasileira, Fernanda acertou com clube francês e volta a jogar após priorizar vida pessoal desde o fim da Rio-2016

A brasileira Fernanda França da Silva, de 30 anos, está de volta ao handebol. Campeã mundial em 2013 pelo Brasil, a jogadora decidiu dar uma pausa em sua carreira após o término dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Depois deste período parada, a atleta acertou contrato com o Côte Basque, clube que acaba de ascender à primeira divisão da Liga Francesa. Ela retorna em 2020/21 e traz consigo uma versão mais ‘completa’.
Fernanda volta a jogar handebol após mais de três anos e acerta com clube da Liga Francesa (Sérgio Dutti/Exemplus/COB)

A brasileira Fernanda França da Silva, de 30 anos, está de volta ao handebol. Campeã mundial em 2013 pelo Brasil, a jogadora decidiu dar uma pausa em sua carreira após o término dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Depois deste período parada, a atleta acertou contrato com o Côte Basque, clube que acaba de ascender de divisão na Liga Francesa. Ela retorna em 2020/21 e traz consigo uma versão mais ‘completa’.  

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“As expectativas são as melhores, pois jogarei em um nível diferente do que estava acostumada, porém, mais ‘completa’. Com minha família formada, um curso superior concluído, tudo isso construído durante minha pausa do handebol. Estou bem feliz em voltar com essa nova versão, buscando estar feliz e fazendo as coisas por amor, não por obrigação ou por necessidade”, afirmou Fernanda com exclusividade ao Olimpíada Todo Dia.

“Minhas prioridades mudaram e o que priorizo hoje não podia ser melhor. Tenho certeza que será um ano no qual vou desfrutar e ser muito feliz dentro e fora de quadra”, acrescentou a ponta esquerda, que iniciou sua carreira no handebol europeu há dez anos.

Vida pessoal como prioridade

Fernanda França da Silva Brasil Atleta Côte Basque
A ponta esquerda Fernanda jogará pelo Côte Basque, da Liga Francesa (Cinara Piccolo/CBHb/Photo&Grafia)

Fernanda regressa às quadras depois de ser mãe e de uma forma leve e natural. Segundo a atleta, seu novo time entendeu desde o primeiro momento seu aspecto pessoal e, por isso, o acordo simplesmente aconteceu. “Eu decidi não jogar após a Rio-2016 porque aconteceram muitas coisas na vida, tanto pessoal quanto profissional, e quis priorizar esse lado que por muitos anos deixei de lado”, disse. Ainda durante a participação na Rio-2016, Fernanda recebeu a notícia de que sua mãe havia falecido.

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“Com certeza a chegada do meu filho deu aquela certeza de olhar mais para meu lado pessoal. Não tive pretensão de voltar a jogar. Tive chances e nenhuma fez com que eu abrisse mão da vida que tenho hoje. Me refiro a uma vida familiar, planejando outras coisas, tendo outras metas, outros objetivos para o futuro”, contou Fernanda.

Aprendizado na Europa

Fernanda França da Silva Brasil Atleta Côte Basque
Fernanda fez parte do elenco que conquistou o Mundial de handebol em 2013 (IHF/Divulgação)

Fernanda está no handebol europeu desde 2010, quando firmou vínculo com o BM Sagunto, da Espanha. Após um ano, a atleta migrou para o Hypo Niederösterreich, da Áustria, onde ficou até 2014. Na sequência, ela defendeu o CSM București, da Romênia, de 2014 até 2016. Por clubes, a ponta foi campeã da Liga dos Campeões, em 2016, da Liga Romena em 2015 e 2016 e da Liga Austríaca e Taça da Áustria, ambos em 2012, 2013 e 2014.

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Já com a camisa do Brasil, Fernanda, além do título mundial conquistado na Sérvia, é bicampeã dos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara-2011 e Toronto-2015. No handebol brasileiro, a ponta vestiu a camisa do Metodista/São Bernardo (2006 a 2010). A atleta considera que aprendeu bastante em sua experiência fora de seu país. “Aprendia diariamente e tentava agregar ao meu handebol algo que via e me chamava atenção em grandes jogadoras”, comentou.

“Muitas delas tive a chance de jogar no mesmo time e outras joguei contra. Você acaba se dando conta de que também é capaz de fazer algo diferente quando vê pessoas próximas fazendo. Isso te encoraja a fazer também e aos poucos vai evoluindo e acrescentando coisas. São culturas e estilos de jogo diferentes e sempre tem algo que você pode aprender e colocar em pratica. Estar entre as melhores te faz querer ser melhor”, completou Fernanda.

Mais uma Olimpíada?

Fernanda França da Silva Handebol Côte Basque Liga Francesa
Após mais de três anos longe das quadras, Fernanda acha precipitado falar em Tóquio (Cinara Piccolo/CBHb/Photo&Grafia)

Fernanda defendeu o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e na Rio-2016, terminando na quinta e sexta posições, respectivamente. A ponta não descarta participar dos Jogos de Tóquio, mas acredita que ainda é cedo para pensar nisso já que não joga há mais de três anos.

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Além disso, ela sabe que está atrás de outras brasileiras convocadas com frequência pelo técnico espanhol Jorge Dueñas, que substituiu o dinamarquês Morten Soubak. “Falar de Tóquio seria muito precipitado da minha parte. Fiquei três anos e meio sem jogar e estou voltando agora e em um nível totalmente diferente”, comentou.

“Tem muita jogadora ralando e em grandes ligas, que com certeza nesse momento tem esse objetivo mais em mente do que eu. Mas com certeza representar o Brasil sempre foi um orgulho e se chegar a acontecer eu estaria muito feliz como qualquer atleta. E como sempre daria o melhor de mim”, afirmou Fernanda.

Objetivo na Liga Francesa

Fernanda França da Silva Handebol Côte Basque Liga Francesa
Fernanda largou o handebol após os Jogos Olímpicos Rio-2016 (CBHb/Divulgação)

Fernanda ainda conhece pouco sobre a Liga Francesa, mas já foi avisada quais são os objetivos do Côte Basque em sua primeira aparição na terceira divisão do handebol do país. A jogadora quer contribuir para a meta do clube e, para isso, colocará à disposição sua experiência e virtudes como atleta. Vencedora por onde passou, a ponta está bem empolgada com seu retorno às quadras.  

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“Tive o primeiro contato com o clube, fui conhecer as instalações e conversamos um pouco sobre os nossos adversários e os objetivos pessoais do clube. Os nomes ainda não sei, mas tem dois times que podem complicar nossa vida e nossa estreia é contra um deles. Depois disso poderei falar melhor”, comentou Fernanda.

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“O clube tem como objetivo se manter na N1. É um clube novo e esse é o segundo ano deles. No primeiro ano, eles já ascenderam para N1, mas antes jogavam em um nível mais abaixo. Já é um bom resultado para um clube que recém começou, então espero poder ajudar o time a se manter e, quem sabe, subir”, concluiu a brasileira.

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