De clube novo, país novo! Jaqueline Anastácio, da seleção brasileira de handebol feminino, vai defender o MKS Lublin, da Polônia, na próxima temporada. Aos 32 anos, a jogadora explicou que um fator pesou na decisão. “É a chance de disputar a Champions League”.
Jaqueline Anastácio, que é bicampeã dos Jogos Pan-Americanos com o Brasil, fez a maior parte de sua carreira no velho continente. Depois de uma passagem pela Metodista São Bernardo, a atleta rumou para a Europa e passou grande parte do tempo guardando o sonho de disputar a maior competição de clubes de handebol do mundo. Porém, o feito só aconteceu quando a ideia já não era uma “prioridade”.
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“Eu sempre acompanhei a Champions League de handebol, sempre. Assistia aos jogos e sonhava em jogar uma edição. Mas, assumo que já não pensava tanto nisso nos últimos anos. Quando veio a proposta do Lublin eu tinha uma outra e um dos fatores foi conseguir ter a oportunidade de jogar uma Champions”.
A nova equipe de Jaqueline Anastácio tem o direito a participar da Champions League na próxima temporada. Porém, por conta da pandemia do coronavírus, tudo é incerto. “O Lublin tem o direito a vaga. Eu não sei se vamos jogar (por conta da pandemia), mas o time está classificado”.
‘Eu conheço uma menina que conhece uma menina”
No novo clube, Jaqueline Anastácio passa por uma situação diferente. Algumas vezes, as atletas são contratadas a pedido do técnico. Foi o que aconteceu com Jaqueline Anastácio, no Lublin. Contudo, a jogadora nunca jogou com nenhuma atleta ou foi treinada por alguém da equipe técnica que está no novo clube.
“Eu conheço uma menina que já jogou com meninas no clube. A Jessica Quintino (companheira da seleção brasileira) já defendeu o Lubin. Já conversei com ela, depois que eu fechei com o Lubin, e com todas que poderia me passar informações sobre o time e todos falaram muito bem, vamos ver como vai ser”.
Uma carreira em muitos países
Décimo time na Europa no 10º país. Essa é a carreira de Jaqueline Anastácio. Depois de passar por Hungria, Noruega, Rússia, Dinamarca, Alemanha, Turquia, Israel, Romênia e Espanha, a jogadora seguirá para Polônia.
Quando perguntada como lida com tantas mudanças na carreira, Jaqueline Anastácio é direta. “Eu vejo como uma nova chance de aprendizado. É uma nova cultura, novo país, novos ensinamentos. Eu vejo assim. No caso do Lublin é um time novo, mas que eu acompanho há muito tempo, então vejo as mudanças como tranquilas”.
Jaqueline Anastácio e a aposentadoria
Caminhando para os 33 anos, a atleta sabe que está na reta final da carreira. Na próxima temporada, Jaqueline Anastácio completará uma década jogando na Europa e sabe que a hora de parar está chegando.
Por conta de tudo que acontece no mundo neste momento, Jaqueline assume que passou a pensar muito nisso e, mesmo sem querer dar uma data ou um prazo para se aposentar, assume o que pretende. “A pandemia me fez pensar muito mais nisso. Eu acredito que jogue mais três ou quatro temporadas, não mais do que isso. Mas vamos vendo a cada ano”.
