Presente nas Olimpíadas de Pequim e Rio de Janeiro, o goleiro Maik Santos quer ajudar a seleção brasileira de handebol a estar nos Jogos de Tóquio. Após ficar com o terceiro lugar no Pan de Lima, o Brasil vai disputar o Pré-Olímpico mundial, que não tem data para acontecer.
Em entrevista ao Olimpíada Todo Dia, Maik, de 39 anos, projetou a disputa da seletiva olímpica. Para ele, chilenos e sul-coreanos são os principais adversários na caminhada brasileira. O Brasil está no Grupo 1 com Chile e Coreia do Sul, além da Noruega.
“A expectativa, sendo bem realista, é lutar para ganhar do Chile e da Coreia do Sul, que são as equipes que a gente bate de frente. Não que a gente não bata de frente com a Noruega, mas ela já tem uma força construída ao longo dos anos. Podemos ganhar de qualquer time, mas precisamos estar preparados para vencer esses dois jogos (Chile e Coreia do Sul) e garantir a nossa vaga para a Olimpíada”, analisou.
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Com o adiamento dos Jogos de Tóquio e a disseminação do coronavírus pelo planeta, o Pré-Olímpico, que já havia sido remarcado para junho, foi adiado mais uma vez. Agora sem data para acontecer.
“Esperamos que seja remarcada uma nova data após passar essa pandemia do coronavírus e a gente voltar à nossa forma física. Por mais que a gente treine em casa, é totalmente diferente do que estar em quadra, treinando e jogando. Todas as equipes precisam de tempo para se preparar para jogar esse Pré-Olímpico”, disse Maik.
Tristeza com o Pan
Figurinha carimbada na seleção, Maik teve papel fundamental nos ouros dos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e de Toronto, em 2015, além de fazer parte da equipe medalha de prata em Guadalajara 2011. O veterano, porém, não foi lembrado para os Jogos de Lima, no ano passado, quando assistiu de longe a derrota brasileira para o Chile, na semifinal.
“Eu tinha esperança de jogar o Pan de Lima, justamente para estar ajudando a seleção brasileira. Ficar de fora olhando o que aconteceu foi realmente muito triste. Eu senti como se estivesse lá. Cheguei a ficar umas duas semanas pensando no jogo, o que poderia ser feito, brigando comigo mesmo. Estava chateado por não estar lá, por não ter conseguido ser convocado”, afirmou.
O goleiro relembrou o histórico nono lugar no Mundial de 2019 e os bons resultados que o Brasil havia conseguido contra times europeus meses antes do Pan de Lima. Ele apontou que a curta preparação e a confiança adquirida com as vitórias anteriores podem ter jogado contra.
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“A gente foi pego de surpresa, porque ninguém esperava perder para o Chile. Achamos que conseguiríamos manter o nível do Mundial e dos jogos contra os europeus. Existem algumas explicações, não justificativas. Alguns atletas estavam voltando de férias, tivemos pouco tempo para ter uma ótima preparação. Mas os adversários também tinham alguns atletas de férias na Europa e jogaram muito bem”, disse o goleiro.
“Complicamos o jogo e o Chile entrou determinado em fazer história e vencer o Brasil. Foi bem difícil compreender isso, porque nunca tinha acontecido. Não consigo estipular culpados pela derrota e sim uma falta de preparação no sentido de surpresa, de realmente acreditar que era possível o Brasil perder do Chile. A gente achou que ia ganhar a qualquer momento ali, que conseguiríamos abrir dois ou três gols e se manter à frente no placar. Mas isso não foi possível, o tempo passou, veio o nervosismo e acabamos sendo desclassificados”, concluiu.