O novo técnico da Seleção Brasileira de Handebol Masculino será o espanhol Daniel Gordo Ríos, atualmente técnico do Club Balonmano Nava, que disputa a Divisão Honor da Liga Asobal, na Espanha.
“É um passo muito importante na minha carreira. Sou grato à Confederação Brasileira por confiar em mim e ao meu clube por me permitir viver essa experiência internacional e sonhar com a possibilidade de jogar os Jogos Olímpicos”, celebrou Gordo.
Daniel Gordo tem 38 anos e muita experiência também com a divisões de base, algo que foi considerado pelo presidente em exercício Ricardo Souza e pela supervisão técnica da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb).
“Buscamos alguém que pudesse dar continuidade ao legado de Jordi Rebera, que iniciou um trabalho com as divisões de base por meio dos acampamentos e preparou vários atletas que estão hoje na Seleção principal”, explicou.
O treinador chega ao Brasil no início de janeiro e já assume o comando da Seleção Masculina na fase de treinamento que será realizada em Taubaté (SP), cidade do técnico Marcus Ricardo Oliveira, o Tatá. Ele será o segundo treinador da equipe nacional e uma espécie de braço direito de Gordo, já que o espanhol ainda precisa conhecer mais os jogadores que atuam no Brasil.
“Estamos falando bastante da parte de jogo, de atletas, para que ele conheça mais quem joga no Brasil e os meninos da renovação também”, falou Tatá.
Gordo confirmou a importância da parceria com um técnico no Brasil. “Vamos falar muito de jogadores do País, do desenvolvimento deles. Preciso conhecer bem esses atletas.”
Quanto a quem atua nas ligas europeias, Daniel Gordo disse que tem bastante conhecimento sobre eles. “Tenho boa ideia do que vou encontrar na equipe. Alguns conheço bem, como Borges, Nantes ou João Silva, que tive a sorte de treinar em meu estágio em Ademar Léon. E também outros, como Thiagus, Valadão ou Toledo, que tive que enfrentar…”, brincou.
O acordo inicial entre a CBHb e o técnico espanhol é de oito meses, principalmente de olho em uma possível participação no Pré-olímpico de Handebol, já que o Brasil não conseguiu a classificação para a Olimpíada de Tóquio em 2020 via Campeonato Panamericano. Para que isso aconteça, também é preciso que o Egito vença o campeonato africano e o Brasil possa entrar na disputa por mais uma vaga no torneio olímpico.
“Fizemos o contrato pensando em trabalhar em etapas, já que ainda não temos a vaga nas Olimpíadas. Por isso ainda não podemos trabalhar visando este ciclo olímpico, mas já estamos pensando para o futuro da Seleção Masculina”, finalizou Souza.