Depois de conquistar o título do Campeonato Pan-Americano ao derrotar a Argentina na decisão no último domingo, o Brasil conheceu seus adversários na fase de grupos no Mundial de handebol feminino, que será disputado em dezembro, na Alemanha. A equipe, que será comandada pelo espanhol Jorge Dueñas, caiu no Grupo C, que será sediado em Oldenburg, e terá como principal adversário a Rússia, campeã olímpica nos Jogos do Rio de Janeiro.
Além da Rússia, o Brasil terá pela frente no Grupo C a tradicional Dinamarca, que não participou da última Olimpíada e foi eliminada nas quartas-de-final do Mundial de 2015, realizado sob seus domínios, e Montenegro, que foi adversário da Seleção Brasileira na primeira fase nos Jogos do Rio de Janeiro em jogo que terminou com vitória do time da casa por 29 a 23. As montenegrinas, aliás, perderam todos os cinco jogos que fizeram na Cidade Maravilhosa. Completam a chave os azarões Japão e Tunísia.
“É um grupo forte com Rússia e Dinamarca. Montenegro também é uma boa equipe, que se renovou. Contra o Japão a dificuldade é a velocidade com que jogam e a Tunísia é uma equipe mais frágil”, analisou Jorge Dueñas. Em caso de classificação para as oitavas, o grupo C cruza com o D, que joga em Leipzig e é composto por Holanda, Alemanha, Sérvia, Coreia do Sul, China e Camarões. “O grupo D traz grande dificuldade se jogarmos com Alemanha ou Holanda”, completou Dueñas que acompanhou à distância o desempenho da equipe nacional no Pan-Americano da Argentina. “O Brasil jogou muito bem, com uma boa defesa e um grande ataque.”
Sérgio Graciano, técnico interino que dirigiu o Brasil durante o III Torneio Quatro Nações e o Pan da Argentina, se mostrou otimista. “Gostei da chave. Acho que em um primeiro momento ela nos traz alegria. O Brasil caiu em uma chave que tem duas equipes um pouco mais frágeis, que são Japão e Tunísia, e temos que jogar contra as campeãs olímpicas russas e dinamarquesas. É um grupo difícil, mas não impossível de buscarmos a classificação para as oitavas. Só temos que chegar lá da melhor maneira possível para não cairmos depois”, projetou. “Porque se formos olhar para a frente, nos cruzamentos, seria interessante se o Brasil se classificasse em primeiro ou segundo lugar, porque tem do outro lado Holanda, Alemanha e Coreia, por exemplo, que são bons adversários.”
O Grupo A terá a vice-campeã olímpica França, Romênia, que eliminou o Brasil no Mundial de 2015 nas oitavas-de-final e terminou em terceiro lugar, Espanha, Eslovênia, Angola e Paraguai. Fazem parte do Grupo B Noruega, atual campeã mundial e bronze na Rio 2016, Suécia, República Tcheca, Hungria, Argentina e Polônia. No Grupo D está a Alemanha, dona da casa, a Holanda, vice-campeão mundial em 2015, Sérvia, Coreia do Sul, China e Camarões.
O sistema de disputa será o mesmo de 2015. Das 24 seleções, 16 se classificam para as oitavas-de-final, quatro de cada grupo, e a partir daí as equipes se enfrentam em sistema de mata-mata até definir o campeão.
