Após a segunda rodada, a Seleção Brasileira masculina de handebol mantém a soberania nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Depois da vitória contra o México na estreia, os comandados do técnico Washington Nunes dominaram o Peru, dono da casa, e garantiram a classificação para a semifinal da competição. Agora, a equipe aguarda para conhecer o rival da próxima fase.
Desde Santo Domingo 2003, o Brasil vai à final do evento em todas as edições. De lá para cá, são três medalhas de ouro e uma de prata. Na capital peruana, o elenco briga pelo bicampeonato consecutivo.
O jogo
A Seleção Brasileira encontrou facilidade do início ao fim. Com segurança defensiva, o time explorou os muitos contra-ataques cedidos pelo rival, que atacava sem goleiro. Aos poucos, Felipe Borges e Fabio Chiuffa ampliavam a vantagem sem dar chances ao Peru. Até o arqueiro Ferrugem deixou o dele. Durante o primeiro tempo, inclusive, diversas modificações táticas foram realizadas pela comissão técnica. O Brasil foi para o intervalo com o placar de 27 a 7 em seu favor.
No retorno para a quadra, a intensidade caiu um pouco. No entanto, rra só uma questão de tempo para a equipe brasileira confirmar o segundo triunfo nos Jogos Pan-Americanos. A empolgação da torcida nas arquibancadas contribuiu para reação do Peru, mas não foi suficiente. Apesar de marcar mais gols na etapa complementar, os peruanos ainda estavam distantes na contagem. Administrando a diferença e esperando o momento certo, o Brasil fechou a partida com o placar de 40 a 16.
Ofensivamente, Fabio Chiuffa foi o principal destaque do Brasil. Com dez gols em 12 tentativas, foi o artilheiro do confronto desta quinta-feira (01). Felipe Borges vem na cola depois de anotar nove tentos em 13 chances.
“Mostrou que evoluímos. Ontem (contra o México), tivemos muitos erros de passe, muita perca de bola boba. Minimizamos isso e o placar mostra. Entramos com a mentalidade que temos que entrar sempre”, avaliou o goleiro Ferrugem.
Com uma gripe, João Silva foi preservado pela comissão técnica. Para a sequência da competição, isso pode atrapalhar, como explica o técnico Washington Nunes. “Na verdade, temos algumas preocupações grandes. No handebol, geralmente jogamos com 16 atletas, mas no Pan são só 14. Nós estamos com um jogador doente. Então, temos que trabalhar como uma rotação adequada. Sabemos que para o caminho para a semifinal temos que estar com os meninos equilibrados no desgaste físico. A ausência do João tem prejudicado isso porque tem dado minutos a mais para alguns jogadores.”
“O Peru é um time jovem, que está em construção. Já teve uma boa evolução em relação aos Jogos Sul-Americanos. Independentemente disso, tínhamos que fazer o nosso papel. Acho que fizemos bem. Estou bastante contente. A mudança de postura, a atitude e a forma com que eles estiveram mais aplicados na partida foi o que mais importou”, finalizou.